ESTRESSE OXIDATIVO, DEFESAS ANTIOXIDANTES E PROCESSO INFLAMATÓRIO NA FASE AGUDA DA DOENÇA DE CHAGAS EXPERIMENTAL

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

23/05/2011

RESUMO

Neste trabalho foram avaliados marcadores de estresse oxidativo (substâncias reativas de ácido tiobarbitúrico, proteína carbonilada e nitrito + nitrato), defesas antioxidantes (superóxido dismutase e glutationa total), parasitemia e processo inflamatório hepático, cardíaco e muscular em animais infectados pela cepa Y do Trypanosoma cruzi ou não e submetidos ou não ao tratamento com Benzonidazol, à alterações nos estoques de ferro pelo uso do quelante Desferrioxanina e a suplementação com vitamina E na fase aguda da doença de Chagas experimental. Foram utilizados camundongos suíços divididos em 12 grupos. Para cumprir com o estabelecido acima o trabalho foi dividido em três abordagens. Na primeira abordagem foi avaliado o efeito do tratamento com Benzonidazol sobre estes parâmetros em animais não infectados ou infectados. Na segunda abordagem, os mesmos parâmetros foram avaliados em animais não infectados ou infectados submetidos à alteração dos estoques de ferro pelo uso da Desferrioxamina. Além disso, nesta abordagem também foi avaliado o efeito do tratamento com Benzonidazol no modelo de alteração dos estoques de ferro com Desferrioxamina não infectado ou infectado. A terceira abordagem envolveu a análise dos mesmos parâmetros anteriores em animais infectados que receberam suplementação com um antioxidante, a vitamina E. A esta última abordagem também foi somado o efeito adicional do tratamento com Benzonidazol. Com relação à primeira abordagem podemos sugerir que tratamento com Benzonidazol aumentou o estresse oxidativo e as defesas antioxidantes, porém, não foi capaz de alterar o processo inflamatório nos três órgãos avaliados. A segunda abordagem nos permitiu inferir que as alterações dos estoques de ferro pela Desferrioxamina promoveram aumento do estresse oxidativo, bem como promove um aumento dos sistemas de defesa antioxidante. As alterações nos estoques de Fe não tiveram efeito significativo em nenhum dos três órgãos avaliados. Embora o uso da Desferrioxamina pareça atrasar a queda dos níveis de nitrito + nitrato, já observado nos animais infectados, os níveis elevados dessa molécula coincidem com a redução dos níveis de parasitemia e do percentual de mortalidade. A terceira abordagem mostrou que a suplementação com vitamina E reduziu o estresse oxidativo e as defesas antioxidantes. O processo inflamatório hepático e muscular foi reduzido nos animais suplementados e tratados com Benzonidazol enquanto que o processo inflamatório cardíaco aumentou nos animais suplementados. Portanto, a suplementação com vitamina E associada ao tratamento com Benzonidazol poderia contribuir para a redução do estresse oxidativo no hospedeiro.

ASSUNTO(S)

estresse oxidativo biologia geral

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