ESTRESSE INICIAL E CONDICIONAMENTO AO BAIXO OXIGÊNIO NO ARMAZENAMENTO EM ATMOSFERA CONTROLADA DE MAÇÃS ROYAL GALA / INITIAL STRESS AND CONDITIONING TO LOW OXYGEN IN CONTROLLED ATMOSPHERE STORAGE OF ROYAL GALA APPLES

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

24/02/2012

RESUMO

O objetivo do presente trabalho foi avaliar métodos alternativos à atmosfera controlada convencional (AC) e dinâmica (ACD), na manutenção da qualidade de maçãs Royal Gala, em especial a ocorrência de distúrbios fisiológicos. Para tanto, avaliou-se o efeito do estresse inicial com baixo O2 na manutenção da qualidade de maçãs armazenadas em condições ultrabaixas de oxigênio (menor que 0,8 kPa) e também o efeito do condicionamento ao baixo O2, por meio da redução gradativa do oxigênio nas câmaras de armazenamento, além de comparação destas técnicas com a aplicação de 1-MCP. Foram instalados dois experimento, um no ano de 2010 e outro em 2011. No primeiro, os tratamentos foram os seguintes: [1] AC com 1,2 kPa O2 + 2,0 kPa CO2; [2] 1,0 kPa O2 + 2,0 kPa CO2; [3] 0,8 kPa O2 + 1,0 kPa CO2; [4] 0,6 kPa O2 + 1,0 kPa CO2 e [5] 0,5 kPa O2 + 1,0 kPa CO2. Para cada condição de AC os frutos foram divididos em duas subamostras, sendo que uma recebeu aplicação de 1-MCP e outra não. Em seguida, os frutos foram novamente divididos em dois lotes, sendo que uma parte foi submetida a um estresse inicial por baixo O2 (sete dias em 0,3 kPa) e a outra foi acondicionada nas minicâmaras de AC. Para o segundo experimento utilizou-se os seguintes tratamentos: [1] AC com 1,0 kPa O2 e instalação imediata; [2] 1,0 kPa O2 e condicionamento de sete dias; [3] 0,8 kPa O2 e condicionamento de sete dias; [4] 0,7 kPa O2 e condicionamento de sete dias; [5] 0,7 kPa O2 e condicionamento de 14 dias; [6] 0,7 kPa O2 e condicionamento de 28 dias; [7] 0,5 kPa O2 e condicionamento de sete dias; [8] 0,5 kPa O2 e condicionamento de 14 dias; [9] 0,5 kPa O2 e condicionamento de 28 dias; [10] 0,7 kPa O2 com condicionamento e estresse por baixo O2; [11] 1,0 kPa O2 com instalação imediata, mais 1-MCP e [12] ACD com fluorescência de clorofilas. Para todos os tratamentos a pressão parcial de CO2 foi de 1,2 kPa. O estresse inicial por baixo O2 aumenta a ocorrência de distúrbios fisiológicos, não sendo recomendada a sua utilização logo após a colheita, no entanto, após um período de adaptação dos frutos ao baixo O2, mantém a qualidade durante o armazenamento em condições ultrabaixas de oxigênio. A redução gradativa de O2 durante aproximadamente um mês, permite o armazenamento em condições ultrabaixas de O2, com resultados superiores a ACD na manutenção na qualidade dos frutos. A aplicação de 1-MCP apresenta pouca eficiência quando as concentrações de O2 nas câmaras de armazenamento são extremamente baixas, ou quando os frutos apresentam um estádio de maturação avançado.

ASSUNTO(S)

etanol etileno distúrbios fisiológicos pós-colheita respiração anaeróbica agronomia ethylene anaerobic respiration postharvest physiological disorders ethanol

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