Estratégias de enfrentamento como indicadores de resiliência em idosos: um estudo metodológico

AUTOR(ES)
FONTE

Ciênc. saúde coletiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

02/05/2019

RESUMO

Resumo O enfrentamento, componente de resiliência em idosos, serve a três objetivos: proteção em face de ameaças à adaptação, recuperação dos efeitos das adversidades e desenvolvimento. O objetivo deste artigo é derivar evidências de validade interna e externa para um inventário de enfrentamento. Responderam a medidas de enfrentamento, depressão, autoavaliação de saúde e satisfação com a vida 415 idosos (65 anos e mais). Os scores foram comparados entre si e com gênero, idade e renda. Foram realizadas análises fatorial exploratória e de consistência interna. A análise fatorial resultou em 3 fatores (1. estratégias não adaptativas, 2. adaptativas e 3. desenvolvimento), explicativos de 30,8% da variância. A escala apresentou índice moderado de consistência interna (α = 0.541). Estratégias de desenvolvimento correlacionaram-se positivamente com autoavaliação de saúde e satisfação com a vida, e negativamente com depressão (p < 0,05). A variância explicada e o indicador de validade interna foram modestos, possivelmente, em parte, porque o inventário de enfrentamento não reflete situações específicas da velhice, em parte pela complexidade das relações estratégias-contexto. As correlações encontradas com outros indicadores de resiliência encorajam a realização de novos estudos.Abstract Coping strategies as components of resilience among the elderly serve three purposes: protection against threats to adaptation, recovery from the effects of adversity, and personal development. The present paper aims to investigate internal and external validity for a coping inventory. 415 elderly subjects (aged 65 and older) answered questions that measure coping, depression, self-rated health and satisfaction with life. Scores were compared with each other as well as according to gender, age and income. Exploratory factor analysis and internal consistency analysis were conducted. Three factors explained 30.8% of the variance: 1. non-adaptive strategies, 2.adaptive strategies, and 3. development strategies. The scale showed moderate internal consistency (α = 0.541). Development strategies were positively correlated with self-rated health and with satisfaction with life, and negatively correlated with depression (p < 0.05). The explained variance and internal validity were moderate, possibly because the coping inventory does not reflect specific situations of old age, and also because of the complexity of strategy-context relationships, among other reasons. Correlations found with other indicators of resilience encourage further studies.

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