Estoques de carbono e nitrogênio do solo em sistemas agrícolas tradicional e agroflorestais no semiárido brasileiro

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Ciênc. Solo

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-06

RESUMO

Na região semiárida, o manejo inadequado dos sistemas de cultivo, aliado à baixa produção de fitomassa, pode contribuir para reduzir os estoques de carbono (C) e nitrogênio (N) do solo; portanto, a adoção de sistemas de manejo para a preservação desses elementos é necessária. Objetivou-se avaliar as alterações promovidas nos estoques de C e N do solo por sistemas agrícolas agroflorestais (agrossilvipastoril e silvipastoril) e tradicional (com derrubada da vegetação, queima e cultivo por dois-três anos), confrontando-os à vegetação natural de Caatinga, após 13 anos, em experimento instalado em um Luvissolo Crômico órtico típico, no município de Sobral, Ceará. Amostras de solo foram coletadas nas profundidades de 0-6, 6-12, 12-20, 20-40 e 40-60 cm, em quatro repetições, considerando os relevos plano, convexo e côncavo em cada situação de estudo, sendo determinados o C orgânico total, o N total e as densidades do solo. Entre os sistemas agroflorestais estudados, o silvipastoril, em longo prazo, promoveu as maiores reduções nos estoques de C e N, enquanto o agrossilvipastoril as menores perdas, representando alternativa sustentável para o sequestro de C e N do solo nessas condições semiáridas. O sistema de cultivo tradicional apresentou reduções de 58,87 e 9,57 Mg ha-1 dos estoques de C orgânico e N total, respectivamente, indicando sua não adequação para as condições semiáridas brasileiras. Os relevos côncavo, no sistema agrossilvipastoril, e plano, no silvipastoril, apresentaram os maiores estoques de C orgânico, enquanto para o N total, a forma côncava apresentou os maiores valores na vegetação nativa, agrossilvipastoril e silvipastoril.

ASSUNTO(S)

sequestro de carbono manejo conservacionista agricultura itinerante

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