Estojos de cartuchos deflagrados como fonte de DNA : obtenção de perfil STR a partir de células epiteliais presentes na superfície de estojos

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

30/08/2012

RESUMO

Apresento esta dissertação, a qual atende aos propósitos do Programa de Pós- Graduação em Biologia Celular e Molecular da PUCRS e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superiror (CAPES), com o propósito de corroborar com a rotina de práticas em genética forense. Estojos resultantes da deflagração de cartuchos são vestígios comumente presentes em cenas de crime com armas de fogo e, por vezes, únicos indícios de que se dispõe para a elucidação de um fato, o que os torna peças chave em uma investigação. Ao municiar uma arma de fogo é necessário que o indivíduo toque a munição, resultando na deposição de células epiteliais na superfície dos cartuchos. Entretanto, na rotina de laboratórios de genética forense, testes de DNA não são requeridos para estes indícios com tanta frequência quanto são encontrados. A justificativa para a subutilização destes materiais é a baixa concentração e a alta taxa de degradação do DNA, que ocorre devido ao superaquecimento do cartucho que pode chegar a 1800oC, além disso, a inibição da PCR, os poucos relatos de sucesso na obtenção de perfil genético a partir de estojos deflagrados e os exíguos estudos que verificam a viabilidade de amostras como estas, são fatores que desestimulam esta prática. Com o intuito de corroborar com a rotina de investigação genética, estabeleceu-se uma parceria entre os Setores de Genética Forense e de Balística Forense do Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sul (IGP/RS) e o Laboratório de Genética Humana e Molecular da Faculdade de Biociências da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (LGHMPUCRS). O presente estudo desenvolveu uma pesquisa controlada para obtenção e análise de DNA nuclear oriundos de estojos de cartuchos deflagrados. O estudo de foi realizado adaptando-se protocolos padrão e/ou indicados pelo Departamento de Ciências Forenses da Virgínia. Este estudo demonstrou que é possível utilizar estojos deflagrados ou não, como fonte de DNA com a finalidade de identificar os envolvidos com o seu manuseio. Contudo, considerando o rendimento limitado, a eficácia restrita e, sobretudo, o custo-benefício, entende-se que a estratégia de análise de DNA oriundo de células deixadas em cartuchos/estojos não seja a prioritária na rotina do Laboratório Forense. Mas, em muitas situações, essa pode ser a única opção dos investigadores e, nesse momento, nossos resultados e protocolos aqui apresentados terão importância fundamental. Com este estudo concluímos que seguindo os protocolos aqui apresentados é possível produzir dados para fins de identificação humana. O uso destes protocolos, e de seus resultados, poderá ser definitivo quando usados como elemento adicional de um inquérito policial e/ou como prova em um processo penal

ASSUNTO(S)

biologia molecular biologia celular balÍstica forense genÉtica dna biologia geral

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