Estimulação em idosos institucionalizados: efeitos da prática de atividades cognitivas e atividades físicas

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Engajamento em atividades cognitivas e físicas está associado com a manutenção da saúde cognitiva e com a prevenção de declínio cognitivo na população idosa. O objetivo do presente estudo foi verificar os efeitos da prática de atividades cognitivas e atividades físicas em idosos institucionalizados. Para tanto, cinco idosos de uma instituição de longa permanência para idosos (ILPI) participaram de vinte e duas sessões de um programa de atividades cognitivas, e cinco idosos de outra ILPI participaram de treze sessões de um programa de atividades físicas. Anteriormente às intervenções, os participantes responderam ao Formulário de Caracterização Geral e Auto-avaliação de Idosos e a uma entrevista semi-estruturada para identificação do histórico de atividade cognitiva e física. Os instrumentos: a) Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), b) Escala de Depressão em Geriatria (GDS-15) e c) Teste de Aprendizagem Auditivo-Verbal de Rey (RAVLT), foram aplicados antes e logo após as intervenções para verificação de seus efeitos na capacidade cognitiva geral, nos sintomas depressivos e na memória de trabalho dos participantes. Uma entrevista semi-estruturada foi aplicada após as intervenções para verificação da opinião dos participantes sobre os programas de estimulação. Verificou-se que, de modo geral, os participantes possuem histórico restrito de engajamento em atividades físicas e cognitivas. O teste não-paramétrico de Wilcoxon constatou que não houve diferença estatisticamente significativa antes e depois entre os grupos nas variáveis estudadas. Entretanto, as diferenças entre as médias individuais obtidas pelos participantes nos testes mostram efeitos positivos, sugerindo que o programa de atividades cognitivas produziu maiores efeitos positivos na capacidade cognitiva de seus participantes, e que o programa de atividades físicas foi mais eficaz em reduzir a intensidade dos sintomas depressivos de seus participantes. As opiniões dos participantes de ambos os programas se mostraram, na sua grande maioria, positivas, e suas falas sugerem apreço ao envolvimento nos programas de estimulação, percebendo efeitos positivos oriundos da participação nos mesmos. Sugere-se a necessidade de novas pesquisas relacionadas à investigação da eficácia de programas de estimulação na saúde cognitiva de idosos institucionalizados.

ASSUNTO(S)

idosos - psicologia idosos - cuidados e higiene educação física para idosos depressão em idosos psicologia cognição na velhice

Documentos Relacionados