Estimulação elétrica de alta voltagem favorece a regeneração nervosa após compressão do nervo isquiático

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Physical Therapy

DATA DE PUBLICAÇÃO

05/08/2011

RESUMO

CONTEXTUALIZAÇÃO: Lesões nervosas periféricas provocam limitação funcional prolongada, sendo um desafio para a clínica identificar recursos que acelerem sua recuperação. OBJETIVOS: Investigar a influência da estimulação elétrica de alta voltagem (EEAV) sobre a morfologia e a função do nervo regenerado após esmagamento em ratos. MÉTODOS: Vinte ratos Wistar foram divididos nos grupos: controle (CON) - sem lesão e sem EEAV; desnervado (D) - esmagamento do nervo isquiático; desnervado + EEAV (EEAV) - esmagamento do nervo e EEAV; SHAM - sem lesão, porém submetido à EEAV. Os grupos EEAV e SHAM foram estimulados (100 Hz, tensão mínima de 100 V; 20 μs e 100 μs interpulso) 30 min/dia, 5 dias/semana. O índice funcional do ciático (IFC) foi avaliado antes da lesão, nos 7º, 14º e 21º dias pós-operatório (PO). Componentes neurais, densidade de área de tecido conjuntivo, de vasos sanguíneos e macrófagos foram analisados. RESULTADOS: O diâmetro axonal foi maior no grupo EEAV que no grupo D, atingindo quase 80% dos valores-controle após 21 dias (p<0,05). O diâmetro das fibras e espessura das bainhas de mielina foram maiores no grupo EEAV que no D (p<0,05), alcançando 96,5% e 100% dos valores-controle, respectivamente. A recuperação funcional no 14º dia PO foi melhor no grupo EEAV. A densidade de área de macrófagos e tecido conjuntivo foi menor no grupo EEAV, enquanto o número de vasos sanguíneos não diferiu entre os grupos. CONCLUSÕES: A EEAV acelerou a recuperação funcional, potencializou a maturação das fibras nervosas regeneradas e promoveu diminuição da densidade de área de macrófagos e tecido conjuntivo no nervo, sugerindo aceleração do reparo neural.

ASSUNTO(S)

compressão nervosa nervos periféricos regeneração nervosa estimulação elétrica nervo isquiático modalidades de fisioterapia

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