Estimativa volumétrica de povoamento clonal de Eucalyptus sp. através de laserscanner aerotransportado / Volumetric estimate of Eucalyptus sp. clonal plantation using airborne laserscanner

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

O gerenciamento florestal requer dados dendrométricos e topográficos como subsídio aos processos de tomada de decisão. Os meios mais utilizados para isto são os inventários e levantamentos de campo. Com o aprimoramento dos SIG´s (Sistemas de Informações Geográficas) e o aumento das opções de sensoriamento remoto, tais como sensores ativos e passivos de alta resolução espacial, a demanda pela aquisição e pelo processamento de dados dendrométricos e topográficos, se acentuou. Em meados de 1993, sensores opticamente ativos, conhecidos como laserscanners começaram a ser utilizados especificamente no meio florestal, visando modelar o terreno e estimar variáveis dendrométricas, como a altura dos povoamentos e, mais recentemente, a quantidade de indivíduos arbóreos, a área de copa e o volume madeireiro, principalmente através da segmentação do dossel florestal. A hipótese é que a estimativa volumétrica realizada com dados obtidos via laserscanner aerotransportado é compatível com a estimativa proveniente do inventário florestal tradicional. O objetivo principal é avaliar o potencial da utilização de laserscanner aerotransportado para estimativa volumétrica de povoamentos clonais de Eucalyptus sp., em fazendas localizadas em relevo ondulado. Foram sobrevoados 1.554,7 ha em 6 fazendas utilizadas para plantio de Eucaliptos. Dentre as fazendas sobrevoadas, elegeu-se uma F154-Rosa Helena para registrar neste documento e realizar as validações necessárias. Localiza-se no município de Igaratá/SP e possui 145,46ha de plantio efetivo com 4 anos de idade. Como sensor, foi utilizado o Optech ALTM 2050, com vôo de 1.000m de altura, footprint de 0,25m. A precisão posicional final de 0,12m nas coordenadas X e Y e 0,21m em Z, compatíveis com as características dos produtos validados. A diferença entre as cotas registradas no Modelo Digital de Terreno e mensuradas em campo foi de 0,44m. O erro altimétrico nominal de um aerolevantamento LiDAR de 1.000m de altura é de 0,15m para locais sem cobertura vegetal. Considerando que não houve presença de vegetação herbácea e não houve diferenciação entre os RMS´s obtidos nos perfis com e sem cobertura, em nível ou em desnível, o detalhamento presente no micro-relevo ocasiona o erro posicional planimétrico, que por sua vez, influencia na medida altimétrica. De acordo com as comparações realizadas, os modelos gerados podem ser utilizados para a obtenção de variáveis dendrométricas, requisitos para a modelagem volumétrica. Implementou-se um algoritmo de extração de variáveis dendrométricas e, considerando todas as parcelas medidas em campo, atingiu-se um percentual de erro de -3,52% para quantidade de árvores, -2,26% para altura, 19,36% para área de copa, 5,33% para DAP e -1,8% para volume. A partir da análise dos dados foi possível verificar que apesar do algoritmo subestimar a quantidade de árvores e a altura, e superestimar a área de copa e o DAP, a estimativa volumétrica manteve-se dentro de um intervalo aceitável, tanto em termos de intervalo de confiança, quanto em erro amostral. Diante dos resultados obtidos, aceita-se a hipótese inicial, ou seja, a estimativa volumétrica realizada com dados obtidos via laserscanner aerotransportado é compatível com a estimativa proveniente do inventário florestal tradicional.

ASSUNTO(S)

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