Estimativa indireta das emissões de gases de efeito estufa em uma área de Mata Atlântica e de Cerrado sob influências antrópicas em Minas Gerais

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

O efeito estufa é essencial para a vida na Terra, no entanto, ações do Homem têm determinado o aumento nas concentrações dos gases que estão associados ao Aquecimento Global. Dentre estas ações, nas regiões em desenvolvimento, o desmatamento de florestas nativas e alterações no uso e cobertura do solo são componentes determinantes ao balanço de emissão e absorção destes gases à atmosfera. O Brasil é um exemplo típico, pois mais de 70% das emissões do país estão associadas ao desmatamento na Amazônia e Cerrado, e às atividades de uso e ocupação do solo. Objetivou-se com esse trabalho estimar, indiretamente, a quantidade de gases de efeito estufa, especialmente as formas carbonadas, emitidos por queima em áreas de Mata Atlântica e de Cerrado. O estudo foi realizado no Parque Municipal das Mangabeiras, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, tendo início no mês de agosto de 2008 e finalizando em maio de 2009. Ambas as fisionomias ocorrem no parque e de acordo com o levantamento fitossociológico observou-se maior densidade e riqueza de espécies na área de Mata Atlântica do que na área de Cerrado. A produtividade de serapilheira, no período do estudo foi maior na área de Mata Atlântica, totalizando 9,05 t/ha, sendo que para a parcela de Cerrado este valor foi cerca de 35% menor (5,17 t/ha). No entanto, em ambas as parcelas a produtividade foi maior no período seco. A maior produtividade observada na parcela de Mata Atlântica refletiu em maior quantidade de carbono (4,17 t/ha) e nitrogênio (0,14 t/ha) também. Esses dados para o Cerrado indicam valores de 5,17 t/ha de biomassa, 2,41 t/ha de carbono e 0,05 t/ha de nitrogênio. Para as espécies arbóreas inseridas dentro dos dois domínios, a biomassa das espécies de Mata Atlântica foi de 384,6 t/ha e 192,3 t/ha representam o carbono contido nessa biomassa. Para as espécies arbóreas do Cerrado, a biomassa encontrada foi 134 t/ha, onde 67 t/ha são de carbono. Estimando as emissões do Parque Municipal das Mangabeiras relacionados a processos de queima, obteve-se uma quantidade de 182 t/ha de carbono que podem ser emitidos para atmosfera pelas espécies de Mata Atlântica. As emissões das espécies de Cerrado podem chegar em 65 t/ha de carbono, além de maiores contribuições à longo prazo devido aos processos de decomposição e decaimento do material orgânico remanescente no campo e da biomassa de raízes

ASSUNTO(S)

mata atlântica cerrado gases de efeito estufa biomassa carbono nitrogênio ecologia aplicada atlantic forest cerrado green house gases biomass carbon nitroge

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