Estimativa da biocinética do 131I e das doses de radiação na medula óssea vermelha e no corpo inteiro em pacientes com câncer de tireoide: comparação entre o método de detecção de sonda e a quantificação de imagens cintilográficas

AUTOR(ES)
FONTE

Radiol Bras

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-06

RESUMO

Resumo Objetivo: Comparar o desempenho dos métodos de detecção de sonda e quantificação de imagens na estimativa da biocinética do radioisótopo 131I e das doses de radiação na medula óssea vermelha e no corpo inteiro durante a radioiodoterapia em pacientes com câncer de tireoide. Materiais e Métodos: Catorze pacientes portadores de câncer metastático de tireoide, sem acometimento ósseo, foram submetidos ao planejamento terapêutico visando estabelecer a melhor atividade de 131I a ser empregada na radioiodoterapia. Imagens cintilográficas e captações de corpo inteiro foram adquiridas 4, 24, 48, 72 e 96 h após a administração de atividades traçadoras de 131I, visando estimar a meia-vida efetiva (T1/2ef) e o tempo de residência do 131I no organismo dos pacientes. Resultados: Os valores médios de T1/2ef e tempo de residência foram, respectivamente, 19 ± 9 h e 28 ± 12 h pelo método de detecção de sonda e 20 ± 13 h e 29 ± 18 h pela quantificação de imagens. As doses médias na medula óssea vermelha e no corpo inteiro foram, respectivamente, 0,061 ± 0,041 mGy/MBq e 0,073 ± 0,040 mGy/MBq pelo método de detecção de sonda e 0,066 ± 0,055 mGy/MBq e 0,078 ± 0,056 mGy/MBq pela quantificação de imagens. A análise estatística demonstrou que os dois métodos apresentam desempenho semelhante no tocante à estimativa de T1/2ef (p = 0,801), tempo de residência (p = 0,801) e doses, tanto na medula óssea vermelha (p = 0,708) como no corpo inteiro (p = 0,811), mesmo com métodos otimizados de dosimetria que levam em consideração somente dois pontos de medida (4 h e 96 h) após a administração de 131I (p > 0,914). Conclusão: Existe excelente concordância entre o método de detecção de sonda e a quantificação de imagens quanto à estimativa da biocinética do 131I e das doses absorvidas de radiação. Contudo, o método de detecção de sonda deve ser usado com cuidado por ser incapaz de identificar regiões metastáticas e órgãos críticos durante a terapia com radionuclídeos, podendo distorcer ajustes da atividade de 131I a ser administrada durante a radioiodoterapia.

ASSUNTO(S)

neoplasias da tireoide radioisótopos do iodo/uso terapêutico radioisótopos/farmacocinética dosimetria radioterapia

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