Estética y hermenéutica de la irrupción festiva: devoción del Niñopa en Xochimilco

AUTOR(ES)
FONTE

Alea

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-04

RESUMO

Resumo O objetivo desse artigo é mostrar a maneira em que a estetização ritual do Niñopa, celebrada em Xochimilco, México, em 2 de fevereiro de cada ano, desde o seu estabelecimento pelos missionários franciscanos, no século XVI, até os dias atuais, é uma manifestação exuberante de resistência política e uma prática ritual "contra-hegemônica". Esta pesquisa é condizente com o campo da poiética-estética e hermenêutica, e os estudos da descolonialidade. A metodologia de análise é multidisciplinar: são recuperadas algumas das categorias teóricas da filosofia de libertação de Enrique Dussel, aquelas empregadas por Bolívar Echeverría em sua filosofia da cultura, e pelo antropólogo e etnógrafo Félix Báez, para aplicá-las em nosso objeto de estudo. Proponho duas hipóteses: 1) Trata-se de um caso de “contra-hegemonia ritual” contra o catolicismo institucional e, nesse caso, é um erro localizar a devoção do Niñopa como expressão do “catolicismo popular”; 2) Trata-se de uma prática de "cripto-religiosidade indo-americana" no sentido de oculto e proibido, disfarçada com um signo cristão hegemônico e vitorioso - tal e como acontece com qualquer imagem de um santo -, e também de um fenômeno de miscigenação simbólica de sobrevivência indentitária conhecida como ethos barroco.

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