Estenoses no enxerto de veia safena magna reversa em revascularizações arteriais infrainguinais
AUTOR(ES)
Francesco Evangelista Botelho
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
Objetivo: Avaliar a prevalência de estenoses hemodinamicamente significativas em revascularizações infrainguinais realizadas com a veia safena magna reversa detectadas pela ultrassonografia vascular realizada no 30º dia do pós-operatório. Método: no período compreendido entre março de 2008 e março de 2009 foram realizadas 56 revascularizações infrainguinais com a veia safena magna reversa em 56 pacientes. Avaliaram-se 32 pacientes (21 homens 61,6%) provenientes dessa amostra, com ultrassonografia vascular no 30º dia de pós-operatório. Determinou-se a prevalência de estenoses significativas nos enxertos e relacionou-se a presença de estenoses às características clínicas e cirúrgicas dos pacientes. Foram avaliados: a localização das estenoses ao longo do enxerto, os fatores de risco associados à presença de estenose e a correlação existente entre a ultrassonografia vascular e o índice tornozelo-braço no diagnóstico de estenoses. Resultados: foi encontrada prevalência de 48,4% de estenoses significativas nos enxertos avaliados, com 19,4% de estenoses graves e 29% de estenoses leve a moderada. Foi analisada a localização das estenoses ao longo das revascularizações, com 35,7% localizadas na anastomose proximal, 21,4% no terço proximal do enxerto, 28,6% no terço médio e 14,3% na anastomose distal. Não foram encontradas associações significativas entre sexo, diabetes mellitus, hipertensão arterial, hipercolesterolemia, diâmetro do enxerto, localização da anastomose distal e composição do enxerto e a constatação de estenoses significativas. Analisou-se a concordância existente entre o índice tornozelo-braço e a ultrassonografia vascular no diagnóstico das estenoses por meio do teste K. Observou-se fraca concordância entre os métodos no diagnóstico das estenoses em geral (K=0,30; IC95% 0,232-0,473; p=0,018), mas razoável concordância no diagnóstico das estenoses graves (K=0,75; IC95% 0,655-0,811; p=0,0001). Conclusão: verificou-se prevalência elevada de estenoses no 30º dia do pós-operatório, com localização predominante na metade proximal do enxerto. Não se registrou associação entre a existência de estenose e os fatores clínicos e cirúrgicos analisados. O índice tornozelo-braço e a ultrassonografia vascular apresentaram concordância, sobretudo no diagnóstico das estenoses graves, mas o índice tornozelo-braço, isoladamente, mostrou-se insuficiente na vigilância dos enxertos de veia safena magna reversa.
ASSUNTO(S)
dissertação da faculdade de medicina da ufmg. revascularização miocárdica decs veia safena/transplante decs trombose decs ultra-sonografia doppler decs constrição patológica/epidemiologia decs fatores de risco decs dissertações acadêmicas decs
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/ECJS-856H43Documentos Relacionados
- Estenose do enxerto de veia safena magna reversa em revascularização arterial infrainguinal
- Obtenção da veia safena magna através de acesso minimamente invasivo para revascularizações miocárdicas
- Leiomiossarcoma de veia safena magna
- Enxerto composto de artéria torácica interna esquerda e veia safena magna: estudo angiográfico após oito anos
- Estenose do Enxerto de Veia Safena