Esteato-hepatite não alcoólica no pós-transplante de fígado: artigo de revisão

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Assoc. Med. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2018-02

RESUMO

Resumo Introdução: A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é a terceira causa de transplante hepático no mundo. Tem elevada prevalência após transplante hepático (TH) e é representada pela recorrência da esteato-hepatite (NASH), ou por NASH de novo, que ocorre em pacientes transplantados por outra etiologia. Objetivo: Realizar uma revisão da literatura para avaliar a relevância da recorrência ou do NASH de novo em pacientes transplantados de fígado. Método: Realizada revisão da literatura através de artigos indexados no Medline, Scielo e Lilacs até 2016 publicados em inglês e português. Foram considerados elegíveis estudos que incluíram local e ano de publicação, prevalência e características clínicas dos pacientes. Resultados: Foram identificados 110 artigos e selecionados 63, que avaliaram a recorrência de NASH, NASH de novo e sobrevida após o TH. A sobrevida foi de 90% a 100% em um ano e de 52-100% em 5 anos. A recorrência de esteatose variou de 15-100% e a de NASH de 4-71%, enquanto esteatose e NASH de novo variaram de 18-67% e 3-17%, respectivamente. A frequência de síndrome metabólica, diabetes, dislipidemia e hipertensão variaram de 45-58%, 18-59%, 25-66% e 52-82%, respectivamente. Conclusão: No pós-transplante de fígado, os pacientes apresentam elevada prevalência de recorrência, de NASH de novo e de distúrbios metabólicos. Entretanto, essas alterações parecem não influenciar a sobrevida dos pacientes.

ASSUNTO(S)

hepatopatia gordurosa não alcoólica transplante de fígado fígado gorduroso síndrome metabólica diabetes mellitus

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