Estatinas nas síndromes coronarianas agudas
AUTOR(ES)
Sposito, Alexandre Russo, Aguiar Filho, Gentil Barreira de, Aarão, Amanda Rezende, Sousa, Francisco Thiago Tomaz de, Bertolami, Marcelo Chiara
FONTE
Arquivos Brasileiros de Cardiologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-10
RESUMO
As estatinas são o principal recurso disponível para redução do LDL-colesterol. Seu uso contínuo reduz a morbidade e a mortalidade cardiovascular decorrente da doença aterosclerótica. A administração das estatinas demonstrou ser efetiva em estudos clínicos de prevenção primária e secundária em pacientes de baixo e alto risco. O mecanismo presumido de benefício da terapia hipolipemiante na prevenção das complicações da doença aterosclerótica age na redução da deposição de lipoproteínas aterogênicas em áreas vulneráveis da vasculatura. Estudos experimentais com estatinas demonstraram grande variedade de outros efeitos que poderiam estender o benefício clínico além da modificação do perfil lipídico por si só. A terapia com estatinas altera beneficamente componentes importantes do processo aterotrombótico: inflamação, oxidação, coagulação, parâmetros fibrinolíticos, função endotelial, vasorreatividade e função plaquetária. A demonstração dos efeitos não dependentes da redução do colesterol ou pleiotrópicos das estatinas fornece a base teórica para seu possível papel como terapia adjunta das síndromes coronarianas agudas. Análises retrospectivas de uma variedade de estudos indicam potencial benefício das estatinas durante os eventos coronarianos agudos. Estudos clínicos recentes têm abordado essa importante questão em ensaios prospectivos controlados, demonstrando fortes evidências a favor da administração das estatinas como terapia adjunta nas síndromes coronarianas agudas.
ASSUNTO(S)
inibidores de hidroximetilglutaril-coa reductasas lipídeos síndrome coronariana aguda aterosclerose pleiotropia genética
Documentos Relacionados
- Antiplaquetários nas Síndromes Coronarianas Agudas
- Perfil dos hormônios tireoidianos nas síndromes coronarianas agudas
- Antitrombóticos nas síndromes coronarianas agudas: diretrizes atuais e novas evidências
- Associação entre Terapia com Estatinas e Menor Incidência de Hiperglicemia em Pacientes Internados com Síndromes Coronarianas Agudas
- Gravidade da lesão angiográfica coronariana e polimorfismo da APOE nas síndromes coronarianas agudas