ESTADO E SOCIEDADE CIVIL NA TEORIA POLÍTICA FRANCESA DO SÉCULO XIX: O DEBATE SOBRE A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE PÓS-REVOLUCIONÁRIA
AUTOR(ES)
Cassimiro, Paulo Henrique Paschoeto; Freller, Felipe
FONTE
Lua Nova
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-12
RESUMO
Resumo Este artigo revisita o debate teórico do século XIX sobre os papeis do Estado e da sociedade civil na formação da sociedade pós-revolucionária, a partir do qual buscamos discutir certas interpretações que enfatizaram como a constituição da sociedade moderna pressupõe a articulação entre a esfera do Estado - como polo de institucionalização do poder legítimo - e da sociedade civil - como espaço de um novo sujeito da legitimidade política. A ênfase recai sobre François Guizot e seus esforços para conciliar a existência de um Estado centralizador e a emergência de uma sociedade civil protagonista da legitimidade política moderna. Ao mesmo tempo, buscamos contrastá-lo com as interpretações de Louis de Bonald, que critica a possibilidade de uma legitimidade política calcada na esfera da sociedade civil; e a de Alexis de Tocqueville, para quem o Estado monárquico centralizado teria impedido a formação e a expressão política plena da sociedade civil francesa.
Documentos Relacionados
- Como libertar as pessoas de “práticas abomináveis”: saúde pública e “racismo silencioso” na Bolívia pós-revolucionária
- O darwinismo e o sagrado na segunda metade do século XIX: alguns aspectos ideológicos e metafísicos do debate
- O debate entre centralizadores e federalistas no século XIX: a trama dos conceitos
- O Tema da liberdade religiosa na política brasileira do século XIX: uma via para a compreensão da secularização da esfera política
- Arqueologia de marinheiros-caçadores do século XIX: ensaio sobre o tempo e a Antártica