Estabilidade da síndrome metabólica e dos seus componentes em duas comunidades rurais de Minas Gerais

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

13/05/2011

RESUMO

Introdução: Embora alguns estudos tenham o seu foco na síndrome metabólica (SM), poucos proporcionam dados populacionais de área rural específicos da estabilidade e agregação dos componentes desta síndrome em um espaço de tempo determinado. Objetivo: O presente estudo epidemiológico, de base populacional, de caráter transversal e longitudinal teve como objetivo analisar a dinâmica da SM e dos seus componentes na população de duas comunidades rurais do Vale do Jequitinhonha, no período compreendido entre 2004 (linha de base) a 2009 (acompanhamento). Metodologia: A amostra final foi composta por 382 indivíduos de ambos os sexos (48,2% de homens e 51,8% de mulheres). Utilizou-se como critério para diagnóstico da SM a definição da National Cholesterol Education Program - Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III) e foi levada em consideração a equação da distribuição binomial para avaliar a probabilidade de agregação dos seus componentes. Resultados: A SM foi diagnosticada em 16,5% dos participantes na linha de base e 16,2% no acompanhamento, sendo mais prevalente no sexo feminino em ambas as fases. Os componentes mais frequentes da SM foram baixos níveis de HDL-c e hipertensão arterial tanto na linha de base quanto no acompanhamento. As combinações mais comuns de três componentes da SM observadas referem-se a obesidade abdominal + baixo HDL-c + hipertensão arterial e hipertrigliceridemia + baixo HDL-c + hipertensão arterial na linha de base e obesidade abdominal + baixo HDL-c + hipertensão arterial no acompanhamento. Constatou-se que a agregação de três ou mais componentes da SM foi maior do que a esperada ao acaso na linha de base e no acompanhamento. Durante o período de 4 anos em média de acompanhamento deste estudo, evidenciou-se a seguinte dinâmica da SM na população: surgiram 7,8% de casos novos, 41,3% da população deixaram de ser portadoras deste agravo e 58,7% mantiveram o diagnóstico no acompanhamento. Os componentes que sofreram reversão mais frequentemente foram: a hipertrigliceridemia, os baixos níveis de HDL-c e a hiperglicemia. Conclusão: A SM se mostrou uma ferramenta diagnóstica útil, pois seus fatores se agregaram em nível coletivo e a sua prevalência foi estável em quatro anos de estudo. Apesar da discriminação individual indicar que houve uma porcentagem alta de reversão de diagnóstico, os componentes que mais se alteraram foram aqueles mais passíveis de modificações por meio de medidas farmacológicas e mudanças no estilo de vida.

ASSUNTO(S)

enfermagem x teses enfermagem decs dissertações acadêmicas decs síndrome x metabólica/epidemiologia decs brasil decs humanos decs masculino decs feminino decs população rural decs síndrome x metabólica/diagnóstico decs fatores socioeconômicos decs estudos retrospectivos decs pesos e medidas corporais decs obesidade decs

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