Esplenectomia subtotal com preservação do pólo inferior em ratos: aspectos técnicos, morfológicos e funcionais
AUTOR(ES)
Paulo, Danilo Nagib Salomão, Paulo, Isabel Cristina Andreatta Lemos, Kalil, Mitre, Vargas, Paulo Merçon, Silva, Alcino Lázaro da, Baptista, João Florêncio de Abreu, Guerra, Alvino Jorge
FONTE
Acta Cirurgica Brasileira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006-10
RESUMO
OBJETIVO: Avaliar a exequibilidade de preservação do pólo inferior suprido por vasos lobares inferiores e segmentares ou por vasos no ligamento esplenogástrico, na esplenectomia subtotal, e estudar a viabilidade e a função desse pólo. MÉTODOS: Foram utilizados 36 ratos machos, Wistar, com peso entre 273 gramas e 390 gramas (M.A 355,2 ±30,5), distribuídos aleatoriamente em 3 grupos : grupo 1- 10 animais submetidos à laparotomia com manipulação do baço (operação simulada); grupo 2- 16 animais submetidos à esplenectomia total ; grupo 3- 10 animais submetidos à esplenectomia subtotal com preservação do pólo inferior. Em todos os animais foi colhido sangue no pré-operatório e no 90º P.O para dosagem do colesterol e frações e triglicérides. Os animais foram mortos após 90 dias e o baço e o remanescente esplênico foram retirados para estudo macro e microscópico. RESULTADOS: As operações nos três grupos foram realizadas sem dificuldades. Houve 6 óbitos no grupo da esplenectomia total. Os baços dos grupos 1 e 2 e os pólos inferiores do grupo 3 estavam macroscopicamente viáveis. Houve uma aparente hiperplasia da polpa branca no grupo simulação O pólo inferior apresentou áreas discretas de inflamação e fibrose capsular na área da incisão e hemossiderose difusa na polpa vermelha. O percentual médio de massa remanescente do pólo inferior foi 35,84% ± 4,31%. Não houve alterações significantes nos níveis de colesterol e frações e triglicérides no pós-operatório tardio em relação ao pré-operatório (P>0,05) nos grupos 1 e 3. No grupo 2 houve aumento significante do colesterol e frações e triglicérides no pós-operatório tardio. CONCLUSÕES: A preservação do pólo inferior suprido por vasos lobares inferiores e segmentares ou vasos no ligamento esplenogástrico foi exeqüível na esplenectomia subtotal. Esse pólo manteve-se macro e microscopicamente viável em todos os casos. A esplenectomia subtotal com preservação do pólo inferior previne contra as alterações dos níveis de lípides plasmáticos observadas em ratos submetidos à esplenectomia total, e permite a manutenção dos níveis de lípides semelhantes aos do grupo simulação.
ASSUNTO(S)
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