ESPESSURA E ÁREA TRANSVERSAL DO TENDÃO DE AQUILES EM MARATONISTAS: UM ESTUDO TRANSVERSAL

AUTOR(ES)
FONTE

Rev Bras Med Esporte

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-10

RESUMO

RESUMO Introdução: Este estudo visou medir a espessura e a área transversal do tendão de Aquiles (TA) e a amplitude de movimento da articulação do tornozelo em flexão dorsal em maratonistas amadores, em comparação com indivíduos não ativos. Objetivos: Analisar a relação entre a área transversal e a espessura do tendão de Aquiles em maratonistas e idade, características antropométricas (estatura e massa corporal), hábitos de treinamento, experiência de corrida, desempenho em maratona e amplitude de movimento da articulação do tornozelo. Métodos: A espessura do tendão de Aquiles e a área transversal foram medidas por meio de imagens de ultrassom da perna esquerda em 97 maratonistas amadores do sexo masculino (idade 42,0 ± 9,6 anos; altura 175 ± 6 cm; massa corporal 73,7 ± 8,6 kg) e 47 controles (39,9 ± 11,6 anos; 176 ± 7 cm; 79,6 ± 16,1 kg). Resultados: A espessura (4,81 ± 0,77 vs. 4,60 ± 0,66 mm; p = 0,01) e a secção transversal (60,41 ± 14,36 vs. 53,62 ± 9,90 mm2; p < 0,01) do tendão de Aquiles foram superiores nos maratonistas do que nos indivíduos não ativos. Verificou-se correlação fraca, mas significativa, entre espessura do tendão de Aquiles com os anos de experiência em corrida. Além disso, os maratonistas tiveram aumento da amplitude de movimento da articulação do tornozelo (81,81 ± 6,93 vs. 77,86 ± 7,27 graus; p < 0,01). Conclusão: Os maratonistas amadores do sexo masculino têm hipertrofia do tendão de Aquiles em comparação com indivíduos não ativos e esse aumento é mediado pela experiência em corrida. Além disso, a amplitude de movimento na flexão dorsal da articulação do tornozelo é favorecida pelo treinamento de maratona. Nível de evidência III; Estudo retrospectivo.

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