Esperidião Calisto e o preconceito escolar com base na cor: educação, cidadania e racialização no século XIX (Porto Alegre, Rio Grande do Sul)

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-08

RESUMO

Resumo: Nos primeiros anos do regime republicano brasileiro, logo após a Abolição da escravatura, intelectuais da imprensa negra de Porto Alegre, como Esperidião Calisto, argumentavam que as crianças negras permaneciam segregadas nas escolas em decorrência da permanência de costumes escravistas, o que colocava em xeque as promessas liberais republicanas. Este estudo analisa os efeitos das interdições educacionais a pessoas negras, enfocando suas experiências de vida e lutas pelo direito à educação diante do processo de racialização em curso, entre o fim do Império e o início da República no Brasil. Mais do que demonstrar que, a despeito das interdições, pessoas negras frequentaram espaços formais ou informais de ensino, foca-se nos sentidos que elas atribuíam à instrução e à educação por meio de reflexões registradas na imprensa negra porto-alegrense do final do século XIX.

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