Espectro dos efeitos cardiovasculares da dobutamina - de voluntários saudáveis a pacientes em choque séptico
AUTOR(ES)
Dubin, Arnaldo, Lattanzio, Bernardo, Gatti, Luis
FONTE
Rev. bras. ter. intensiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-12
RESUMO
RESUMO A dobutamina é o inotrópico mais comumente utilizado em pacientes com choque séptico, com o objetivo de aumentar o débito cardíaco e corrigir a hipoperfusão. Embora alguns ensaios clínicos tenham demonstrado que a dobutamina pode melhorar a hemodinâmica sistêmica e regional, outras pesquisas identificaram que seus efeitos são heterogêneos e imprevisíveis. Nesta revisão, analisamos as propriedades farmacodinâmicas da dobutamina e seus efeitos fisiológicos. Nosso objetivo foi demonstrar que os efeitos da dobutamina podem diferir entre voluntários saudáveis, estudos experimentais e insuficiência cardíaca clínica, em modelos de estudo em animais e em pacientes com choque séptico. Discutimos as evidências que suportam a afirmativa de que a dobutamina utilizada no tratamento do choque séptico frequentemente se comporta como fármaco cronotrópico e vasodilatador, sem evidências de ação inotrópica. Como seus efeitos colaterais são muito comuns e os benefícios terapêuticos não são claros, sugerimos que ela deve ser utilizada com cautela no choque séptico. Antes de uma decisão terapêutica definitiva, a eficácia e a tolerabilidade da dobutamina devem ser avaliadas por um tempo curto com monitoramento estrito de seus efeitos positivos e efeitos colaterais negativos.
ASSUNTO(S)
dobutamina sepse choque séptico débito cardíaco pressão sanguínea microcirculação
Documentos Relacionados
- Efeitos agudos dos antidepressivos bupropiona e sertralina na evocação de memórias em voluntários saudáveis
- Influência da acepromazina sobre os efeitos cardiovasculares da dobutamina em cavalos anestesiados com isofluorano
- Secreção de aldosterona em pacientes com choque séptico: estudo prospectivo
- Determinantes da evolução do standard base excess em pacientes com choque séptico
- Valor prognóstico da disfunção ventricular diastólica em pacientes com sepse grave e choque séptico