Espécies florestais de restingas como potenciais instrumentos para gestão costeira e tecnologia social em Caravelas, Bahia (Brasil)

AUTOR(ES)
FONTE

Ciênc. Florest.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-09

RESUMO

Em Caravelas, município localizado no sul do estado da Bahia, as principais formações vegetais são as florestas de mangue e as restingas apresentando, estas últimas, alto grau de degradação. O objetivo deste artigo consiste em descrever as principais espécies florestais de restingas e seus usos diretos associados, com vistas à recuperação e ao manejo de áreas degradadas e à geração de trabalho e renda, compondo, dessa forma, importante ferramenta para a gestão integrada da zona costeira. Para isso, a elaboração de listagens florísticas e visitas ao campo foram necessárias para reconhecimento do ambiente. Na seleção das espécies, uma literatura referente ao uso, manejo e valor agregado de cada uma das espécies identificadas foi utilizada e, a partir daí, foram reconhecidas quatro espécies com potencialidade para geração de trabalho e renda nos moldes dessa proposta: mangaba (Hancornia speciosa),pitanga (Eugenia uniflora),caju (Anacardium occidentale) e aroeira (Schinus terebinthifolius). As três primeiras apresentam associação de seus frutos ao uso alimentar, servindo a aroeira como condimentação, com alta valorização no mercado mundial, e o caju, a partir da sua estrutura fértil (castanha e polpa). A identificação dos subprodutos vegetais fornecidos assegura a utilização sustentada das espécies e do ambiente e os Produtos Florestais Não Madeiráveis podem ser estratégicos no gerenciamento costeiro, tornando-se instrumento para se alcançar inclusão social através da geração de trabalho e renda, sob o movimento da Tecnologia Social, contribuindo, portanto, para a redução da vulnerabilidade social de comunidades costeiras tradicionais.

ASSUNTO(S)

vulnerabilidade desenvolvimento local produtos florestais não madeiráveis inclusão social

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