Espaços de subjetividade e transgressão nas paisagens fílmicas

AUTOR(ES)
FONTE

Pro-Posições

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-12

RESUMO

Neste artigo objetiva-se discutir a questão da representação fílmica da paisagem urbana, entendendo que o cinema influencia as relações espaciais a partir da construção de novas formas de percepção do espaço urbano. Ênfase aqui é dada à construção da paisagem urbana considerada sob diferentes perspectivas teóricas, na intenção de discutir sobre a noção geográfica do "palpável" - aquilo que normalmente se conhece pelo "real" -, relacionando-a à premissa da paisagem urbana, como espaço de experiência (em sua concretude), e da paisagem fílmica, como construtora de uma dinâmica da subjetividade. A proposta deste capítulo é também pensar uma "geografia cinemática específica" que surge no contexto de certas experiências urbanas relacionadas às diversas formas de marginalidade e que são associadas à contemporaneidade. Diferença, fragmentação, pluralidade e conflito são partes indissociáveis e intrinsecamente conectadas a uma relação de causa-efeito e que, pelo menos no que se refere ao espaço urbano contemporâneo, estão relacionadas ao processo de marginalização crescente nas grandes metrópoles em todo o mundo. Exemplos tomados da produção cinematográfica brasileira contemporânea servirão aqui como contraponto na reflexão sobre a construção de uma "geografia" em que os mais diferentes formatos de diferenças, fragmentações, pluralidade e conflitos entram em ação no espaço fílmico para representar, em um determinado "formato", a sociedade urbana contemporânea.

ASSUNTO(S)

cinema geografia espaço urbano subjetividade transgressão

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