Escore embrionário graduado em embriões de mulheres inférteis com e sem endometriose peritoneal

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Ginecol. Obstet.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-01

RESUMO

Resumo Objetivo Determinar a qualidade do embrião (média de escore embrionário graduado [EEG]) em pacientes inférteis com endometriose submetidas à fertilização in vitro com transferência de embrião (FIV-TE) em comparação com pacientes inférteis sem endometriose. Métodos Realizamos um estudo de caso-controle comparando 706 embriões (162 pacientes) divididos em dois grupos: 472 embriões derivados de pacientes sem endometriose (n = 109, pacientes inférteis com infertilidade tubária) e 234 embriões de pacientes do grupo de estudo (n= 53, inférteis pacientes com endometriose peritoneal). Todos os pacientes foram submetidos à fertilização in vitro usando um protocolo follicle-stimulating hormone (FSH) recombinante de estradiol-antagonista para estimulação ovariana. A média do EEGfoi realizada para avaliar todos osembriõesemtrêsmomentos: de 16 a 18 horas, 25 a 27 horas e 64 a 67 horas.A avaliaçãoembrionária foi realizada de acordo comos seguintes parâmetros: fragmentação, alinhamento nucleolar, aposição do corpo polar, número de blastômeros/morfologia e simetria. A medida de desfecho primário foi o escore médios embrionário (EEG). Também avaliamos como desfechos secundários as taxas de fertilização, implantação e gravidez. Resultados Embora o número de embriões transferidos tenha sido maior em pacientes com endometriose do que no grupo controle (2,38 ± 0,66 versus 2,15 ± 0,54; p = 0,001), o EEGmédio foi semelhante nos dois grupos (71 ± 19,8 versus 71,9 ± 23,5; p = 0,881). Da mesma forma, a taxa de fertilização foi semelhante em todos os grupos, sendo 61% nos pacientes com endometriose e 59% no grupo controle (p = 0,511). Não foram observadas diferenças significativas nas taxas de implantação (21% versus 22%; [p = 0,989]) e nas taxas de gravidez (26,4% versus 28,4%; p = 0,989). Conclusão A qualidade embrionária medida pelo EEGmédio não foi influenciada pela endometriose peritoneal. Da mesma forma, os resultados reprodutivos avaliados foram semelhantes entre pacientes inférteis com e sem endometriose.

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