Escolhas para inovarmos na produção do cuidado, das práticas e do conhecimento: como não fazermos "mais do mesmo"

AUTOR(ES)
FONTE

Saúde e Sociedade

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-06

RESUMO

Cinco questões teórico-práticas são apresentadas e colocadas em discussão no artigo: a quimera da atenção básica em saúde (a promessa que nunca vira realidade de uma rede de atenção básica que seja resolutiva, qualificada, que cuide dos serviços e promova a vida em todas as dimensões, além de ser uma porta de entrada para o sistema nacional de saúde); o "usuário-fabricado" e o "usuário-fabricador" (a tensão entre o usuário disciplinado, guiado pelos procedimentos padronizados e previsíveis - o "usuário ideal" - e o "usuário-real", que é autônomo, nômade, que faz escolhas e subverte a racionalidade planejada pelos administradores); a disjunção entre o tempo dos gestores, o tempo da equipe de saúde e o tempo dos usuários (as formas diferentes e quase sempre incompatíveis de "vivenciar o tempo" dos vários atores sociais com relação ao acesso aos serviços de saúde; o sentimento de estranhamento dos gestores com o espaço micropolítico na gestão em saúde (a perturbadora externalidade dos administradores com relação ao espaço micropolítico do trabalho em saúde); os múltiplos sistemas que regulam o acesso e consumo de serviços de saúde, ou o funcionamento do SUS real como uma produção social (a regulação formal/governamental compreendida apenas como uma das lógicas regulatórias que envolvem o acesso aos serviços de saúde locais). O autor argumenta que estas cinco questões teóricas contribuem para formar um portfólio de questões para o debate sobre práticas inovadoras relacionadas com o SUS atual.

ASSUNTO(S)

serviços de saúde regulação de serviços de saúde micropolítica em saúde questões teórico-práticas

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