Escolas comunitárias de imigrantes no Brasil: instâncias de coordenação e estruturas de apoio
AUTOR(ES)
Kreutz, Lúcio
FONTE
Rev. Bras. Educ.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2000-12
RESUMO
Este texto apresenta uma análise da maneira como as etnias de imigrantes, ao abrirem escolas comunitárias no Brasil, exerceram a coordenação desta dinâmica escolar numa perspectiva conjunta, conjugando o processo escolar para objetivos comuns, para além dos núcleos populacionais isolados. Apresenta também as estruturas de apoio criadas para o funcionamento das escolas comunitárias. Na análise explicita-se que nem todas as etnias de imigrantes abriram escolas próprias e que houve diferenças bastante grandes entre aquelas que se dedicaram às mesmas. Além de escolas comunitárias, os imigrantes ainda tiveram escolas particulares, laicas ou vinculadas a grupos religiosos. O processo escolar comunitário começou a ser estruturado a partir do final do século XIX, sendo em grande parte fruto das tensões entre igrejas e lideranças laicas sob o ideário liberal. Neste contexto de disputa por espaço, tanto igrejas quanto lideranças laicas começaram a marcar presença muito forte entre imigrantes - excetuando-se os japoneses, com dinâmica diferente -, fomentando a criação de todo um conjunto de estruturas de apoio a seu projeto, especialmente através das escolas comunitárias.
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