Esclerose múltipla pediátrica: análise de aspectos clínicos e epidemiológicos de acordo com o Consenso de 2007 da Sociedade Americana de Esclerose Múltipla

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Neuro-Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

OBJETIVO: Descrever características epidemiológicas e clínicas de casos de esclerose múltipla (EM) de início precoce. MÉTODO: Em estudo descritivo, prospectivo, tipo coorte, com comparação de grupos, foram analisados 31 portadores de EM de início precoce, diagnosticados no Centro Estadual de Referência para Atenção a Pacientes Portadores de Doenças Desmielinizantes do Hospital da Restauração, Recife, Pernambuco, entre 1987 e julho de 2007. As classes ao primeiro surto foram: infantil precoce, infantil tardia e juvenil, e as variáveis: sexo; sintomas iniciais; tempo para diagnóstico, de doença e de seguimento; número de surtos, índice de recidivas e EDSS. Com o programa SPSS, versão 13.0, foram utilizados os testes t de Student e Mann-Whitney com nível de significância de 0,05. RESULTADOS: Foram observados 3 (9,7%) casos de EM infantil precoce, 9 (29%), infantil tardia, e 19 (61,3%), juvenil. A razão geral de sexo feminino:masculino igualou-se a 1,8:1, variando segundo idade de início. Predominou comprometimento motor (12; 38,7%) e de tronco encefálico ou cerebelo (7; 22,5%), especialmente nos surtos subseqüentes da forma surto-remissão. O tempo para diagnóstico e o índice médio de recidivas foram maiores na infantil precoce que na juvenil (p=0,049 e p=0,028, respectivamente. O grau de incapacidade foi maior nas formas primária e secundária progressiva, assim como na infantil precoce. CONCLUSÃO: A EM na infância e adolescência apresenta características próprias, diferentes daquelas do adulto, constituindo-se em diagnóstico difícil, que exige auxílio de especialista em EM.

ASSUNTO(S)

esclerose múltipla classificação epidemiologia técnicas de diagnóstico e procedimento

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