Escala Perme como preditor de funcionalidade e complicações após a alta da unidade de terapia intensiva em pacientes submetidos a transplante hepático

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. ter. intensiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2019-03

RESUMO

RESUMO Objetivo: Avaliar a pontuação da escala Perme de mobilidade como preditor de funcionalidade e complicações no pós-operatório de pacientes submetidos a transplante hepático. Métodos: A amostra foi composta por 30 pacientes que realizaram transplante hepático. Os pacientes foram avaliados em dois momentos, a fim de verificar a percepção da dor, o grau de dispneia, a força muscular periférica e a funcionalidade do paciente de acordo com a escala Perme. Os dados coletados foram analisados por estatística descritiva e inferencial. Para comparar médias entre as avaliações, foi aplicado o teste t de Student para amostras pareadas. Em caso de assimetria, o teste de Wilcoxon foi utilizado. Na avaliação da associação entre as variáveis quantitativas, os testes de correlação de Pearson ou Spearman foram aplicados. Resultados: Foram incluídos 30 indivíduos que realizaram transplante hepático. Houve predomínio de pacientes do sexo masculino, e a média de idade foi 58,4 ± 9,9 anos. A patologia de base mais prevalente foi a cirrose por vírus C (23,3%). Foram registradas associações significativas entre o tempo de ventilação mecânica e a escala Perme na alta da unidade de terapia intensiva (r = -0,374; p = 0,042) e entre o número de atendimentos fisioterapêuticos (r = -0,578; p = 0,001). Quando comparados os resultados da avaliação inicial e na alta hospitalar, houve significativa melhora da funcionalidade (p < 0,001). Conclusão: Mobilidade funcional, força muscular periférica, percepção da dor e dispneia melhoram significativamente no momento da alta hospitalar em relação à admissão na unidade de internação.ABSTRACT Objective: To assess the Perme mobility scale score as a predictor of functional status and complications in the postoperative period in patients undergoing liver transplantation. Methods: The sample consisted of 30 patients who underwent liver transplantation. The patients were evaluated at two time points to determine their perception of pain, degree of dyspnea, peripheral muscle strength, and functional status according to the Perme scale. The collected data were analyzed by descriptive and inferential statistics. To compare the means between the evaluations, Student's t test for paired samples was applied. In case of asymmetry, the Wilcoxon test was used. In the evaluation of the association between the quantitative variables, the Pearson or Spearman correlation tests were applied. Results: A total of 30 individuals who underwent liver transplantation were included. The patients were predominantly male, and the mean age was 58.4 ± 9.9 years. The most prevalent underlying pathology was cirrhosis C virus (23.3%). Significant associations of the time on mechanical ventilation with the Perme scale score at discharge from the intensive care unit (r = -0.374; p = 0.042) and the number of physical therapy treatments (r = -0.578; p = 0.001) were recorded. When comparing the results of the initial evaluation and the evaluation at hospital discharge, there was a significant improvement in functional status (p < 0.001). Conclusion: Functional mobility, peripheral muscle strength, pain perception, and dyspnea are significantly improved at hospital discharge compared with those at inpatient unit admission.

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