Função musical, acertos e errância na cinematografia publicitária : entre o jugo da estrutura e a epfania pública da imagem / Musical function, hits and wanderings athwart cinema adverts : between the yoke of the structure and the public epiphany of the image
AUTOR(ES)
Alexandre Piccini Ribeiro
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
Este trabalho é, em parte, uma exploração do meio publicitário com vista aos modos como a música é empregada em sua cinematografia. Do ponto de vista conceitual, posso dizer que a obra filosófica de Deleuze e Guattari é o ponto de encontro e divergência deste ensaio, que tem, quanto às filosofias da representação, uma postura crítica. À orientação axiomática dos estudos de Gorbman e de grande parte das doxas técnicas do campo da film music, procuro especificar uma nova analítica da imagem, especialmente com relação a aquelas que implicam uma nova pedagogia, como em inúmeros casos de Godard, Resnais, Robbe-Grillet, Duras, Herzog, Bresson, Tarkovski e mesmo Pasolini. Nestes casos, em que as analíticas, axiomaticamente fundadas no bom senso e no senso comum, vêem-se claramente fragilizadas ou desfavorecidas, o recurso involuntário ao pensamento (dito aqui sem imagem) instaura uma urgência na qual sujeito, objeto e método nascem concomitantemente. Segundo o posicionamento anti-fenomenológico de Deleuze, nestes casos já não é à intencionalidade da consciência "vígil, clara e distinta" que nos lançamos, mas a um campo transcendental, impessoal, crepuscular, "distinto e obscuro" cujos volumes e paisagens testemunham as mais acrobáticas posições do pensamento - que encontra, nas intensidades, o objeto de seu verdadeiro exercício. Trata-se, aqui, de uma grande empiria que já não visa a um repertório concreto de usos ou a um campo abstrato de possíveis, mas a meadas de mundos, autênticos e (muitos deles) incompossíveis. Sob este ponto de vista, o tema sofre uma reversão em direção à arte mostrando que, se na cinematografia publicitária as moedas de troca são as opiniões, percepções e afecções ordinárias, na arte toda moeda é, em si, uma coleção impessoal e paradoxal de afectos, perceptos e sensações, que será preciso, em cada caso, reconhecer, ainda que pela primeira vez
ASSUNTO(S)
música audiovisual cinema publicitário filosofia music audiovisual cinema adverts philosophy
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000785114Documentos Relacionados
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