Equimose periorbitária na enxaqueca

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Neuro-Psiquiatr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-09

RESUMO

RESUMO Frugívoros e árvores zoocóricas representam uma proporção relevante da biodiversidade de florestas tropicais. Uma vez que a diferenciação de nicho favorece a coexistência das espécies, nós objetivamos investigar mecanismos morfológicos e temporais de segregação de nicho entre árvores zoocóricas e frugívoros de copa em uma floresta tropical no extremo nordeste da Amazônia brasileira. Testamos os efeitos da morfologia dos frutos, tamanho das árvores, tamanho corporal dos frugívoros e hora do dia sobre o consumo de frutos. Registramos as espécies de frugívoros que se alimentaram em 72 árvores (pertencentes a 44 espécies e 22 gêneros) e se esses frugívoros ingeriam sementes. Monitoramos cada árvore apenas uma vez, de 07:00 a 17:00 h, entre janeiro e setembro de 2017 e observamos o consumo de frutos em 20 das 72 árvores. Setenta e três indivíduos de frugívoros, pertencentes a 22 espécies, visitaram as árvores. Frutos mais pesados foram consumidos por frugívoros maiores, enquanto o tamanho das sementes foi inversamente correlacionado ao tamanho dos frugívoros. Frutos menores e com sementes menores tiveram uma maior probabilidade de ter suas sementes ingeridas, e frugívoros maiores apresentaram maior tendência a ingerir as sementes. Árvores com frutos com sementes menores foram visitadas por um maior número de indivíduos de frugívoros. Os grupos taxonômicos de frugívoros diferiram no tempo de chegada às árvores. Nenhuma das variáveis analisadas (peso e tamanho dos frutos e tamanho das sementes) afetou a riqueza de frugívoros que visitaram as árvores. Concluímos que, na floresta estudada, a morfologia dos frutos (tamanho, peso e tamanho das sementes) é um mecanismo de segregação entre árvores zoocóricas, enquanto tamanho corporal e horário do dia são mecanismos de segregação entre frugívoros.

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