Equilibração majorante na gestão pública : gênese e conhecimentos para otimizar a prefeitura de Torres, apoiada pela EAD

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Esta pesquisa investiga a construção de conhecimentos voltados a otimizar a gestão pública enquanto processo de equilibração majorante. Formulam-se desafios e promovem-se vinte ciclos de desequilibração reflexão coletiva ação reequilibração majorante, consistentes na concepção e implementação de novas ferramentas gerenciais, tendentes a aprimorar a Gestão Pública de Torres. O sujeito de pesquisa é coletivo e composto pelos Gestores de Torres – RS; o campo de pesquisa, a Administração Municipal de Torres; o tempo da pesquisa, de dezembro de 2004 a dezembro de 2006, em estudo longitunidal. Os desafios adotados como fatores de perturbação compreenderam a elaboração do planejamento estratégico, a instituição de equipes de gerenciamento de projetos; a reestruturação organizacional, com a criação de comitês gestores, de gerências municipais e de grupos executivos da modernização; a confecção do Manual de Procedimentos, do Guia dos Serviços Públicos e da Matriz de Capacitação; a instituição de Escola de Gestão, de Central de Atendimento ao Cidadão e de Portal na Internet. Três ambientes de Educação a Distância do Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação (CINTED/PPGIE/UFRGS), foram utilizados para ampliar a interação dos Gestores de Torres entre si e com o pesquisador. Os dados coletados foram compartilhados no ambiente virtual e analisados em conjunto com os Gestores de Torres. Provocou-se a interação dos Gestores de Torres com lideranças comunitárias, com Gestores de Gramado e com acadêmicos, a fim de averiguar se tal interação potencializa a equilibração majorante da Gestão Pública. A formulação da problemática e a estruturação do Método foram impulsionadas por leituras exploratórias sobre: gênese das cidades; características das Eras Agrícola, Industrial e Digital; origens e expansão do Estado; evolução tecnológica, interligação em rede e mudanças nos governos e na educação. Os paradoxos do crescimento da riqueza e da miséria, da ampliação dos mecanismos de controle social e da corrupção, da gestão participativa imposta e da hegemonia do individualismo em detrimento à comunidade são descritos para contextualizar o ambiente em que opera a Administração Pública hoje. Assume-se que tais paradoxos interferem na capacidade de criar conhecimentos na Gestão Pública. Além disto, dão ensejo à elaboração de Representações Sociais tendentes a justificar e a conservar situações ética e socialmente questionáveis. As Representações Sociais, criações coletivas consensuais, subsidiam a leitura da realidade, emergem e se transformam, ou se mantêm, no convívio quotidiano das pessoas, influenciando-o. O modelo teórico sobre o qual se assenta a análise da equilibração majorante na Gestão Pública adota as concepções teóricas de Jean Piaget como principal substrato, adicionando-se contribuições sobre Representações Sociais (Moscovici), Criação do Conhecimento nas Empresas (Nonaka e Takeuchi), aprendizagem organizacional de circuito único e duplo (Argyris) e organização enquanto estrutura e processos (Richard Hall). O Método Clínico Organizacional foi delineado e aperfeiçoado de forma progressiva, promovendo-se um processo cíclico em espiral, inspirado no Método Clínico piagetiano e na Pesquisa ação. Identificaram-se fatores inibidores e potencializadores da equilibração majorante na Gestão Pública e constatou-se a potencialidade das concepções piagetianas para orientar pesquisas voltadas a analisar a aprendizagem organizacional enquanto a promovem.

ASSUNTO(S)

knowledge creation piaget, jean, 1896-1980 ensino à distância jean piaget social representations distance learning organizational learning public administration

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