Eqüidade na atenção pré-natal e ao parto em área da Região Metropolitana de São Paulo, 1996

AUTOR(ES)
FONTE

Cadernos de Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003-02

RESUMO

Estudo transversal realizado com o objetivo de avaliar a assistência pré-natal e ao parto de mães de crianças menores de um ano residentes no Município do Embu (Região Metropolitana de São Paulo), no ano de 1996, segundo quatro estratos de condições de vida. Inquérito domiciliar considerou uma amostra probabilística constituída por 483 crianças. Em todos os estratos, mais de 90% das mães realizaram pré-natal, porém com acesso tardio no estrato 4 (favelas). A realização do exame de mamas, isoladamente, foi o pior indicador de qualidade da assistência pré-natal do município, referida por apenas 60,8% das mães. O desfecho - início do pré-natal após o 1º trimestre e o número de consultas inferior a seis - associou-se à idade materna (menor de 20 anos), menor renda (inferior a 1 salário mínimo per capita) e à falta de acesso a plano privado de saúde. Quanto aos partos, 97,7% deles foram hospitalares; houve 32,5% de cesarianas, que foram mais freqüentes nos serviços privados (63,2%). Não se identificaram segmentos populacionais excluídos do sistema de saúde, no entanto, alguns indicadores apontaram para deficiências mais acentuadas no estrato 4. Estes resultados têm subsidiado os gestores locais na definição de ações de saúde para o município.

ASSUNTO(S)

eqüidade sistemas locais de saúde cuidado pré-natal estudos transversais

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