Epilepsia em crianças com paralisia cerebral

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Neuro-Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2001-03

RESUMO

OBJETIVO: descrever sobre a prevalência e características da epilepsia em crianças com paralisia cerebral atendidas num serviço terciário. MÉTODO: um total de 100 pacientes com paralisia cerebral foi estudado retrospectivamente, tendo como critérios de inclusão o seguimento regular por pelo menos 2 anos. Os tipos e a incidência de epilepsia foram correlacionados com as diferentes formas de paralisia cerebral. Outros fatores associados com a ocorrência de epilepsia como idade da primeira crise, crises neonatais e história familiar de epilepsia também foram analisados. RESULTADOS: o tempo de seguimento variou de 24 a 151 meses (média 57 meses). A prevalência total de epilepsia foi 62%. Os pacientes com as formas hemiplégicas e tetraplégicas de paralisia cerebral tiveram a maior incidência de epilepsia: 70,6% e 66,1%, respectivamente. A primeira crise ocorreu durante o primeiro ano de vida em 74,2% dos pacientes com epilepsia. As epilepsias do tipo generalizada e parcial foram as predominantes (61,3% e 27,4%, respectivamente). Trinta e três (53,2%) de 62 pacientes permaneciam há pelo menos um ano livres das crises. Crises neonatais e história familiar de epilepsia estiveram associadas com maior incidência de epilepsia. CONCLUSÕES: epilepsia na paralisia cerebral pode ser prevista se ocorrerem crises no primeiro ano de vida e no período neonatal, e se existe história familiar de epilepsia.

ASSUNTO(S)

epilepsia paralisia cerebral crises neonatais

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