Epidemiological aspects, biotipologia and evolution of the treatment of acute lymphocytic leukemia in childhood and adolescence in Rio Grande do Sul / Aspectos epidemiológicos, biotipologia e evolução do tratamento da leucemia linfocítica aguda na infância e adolescência no Rio Grande do Sul

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

A Leucemia Linfocítica Aguda na infância e adolescência é uma neoplasia de precursores linfóides de natureza heterogênea. Foi a primeira neoplasia disseminada a tornar-se curável pela quimioterapia. No Brasil os estudos cooperativos para o seu tratamento foram iniciados em 1980 com a criação do primeiro protocolo para o tratamento desta leucemia, denominado Grupo Brasileiro para o Tratamento da Leucemia na Infância. Na seqüência destes estudos foram observadas Sobrevidas Livre de Eventos de 50%, 58% e 70% nos protocolos 80, 82 e 85 respectivamente. Durante as décadas de 1980 e 1990, com a divulgação dos excelentes resultados alcançados com os regimes dos protocolos do grupo Berlin Frankfurt Münster, uma série de instituições em nosso País passou a adotá-los. Apesar de termos conhecimento dos dados referentes a evolução dos pacientes protocolados no GBTLI e dos demais estudos divulgados pelas instituições de origem, não tínhamos, porém, uma avaliação epidemiológica nem o conhecimento dos índices de sobrevivência alcançados no estado do Rio Grande do Sul. Neste trabalho foram avaliados 1472 pacientes com LLA, 833 (56,59%) do sexo masculino, 639 (43,41%) do sexo feminino, com idades entre zero e 20 anos, média de 7,40 anos (desvio padrão 5,14) e mediana de 5,70 anos (amplitude 0,06 a 20,76), no período de 1980 a 2008 provenientes deste Estado. Os dados foram colhidos individualmente dos prontuários dos pacientes admitidos nas principais instituições hospitalares que mantém assistência a pacientes pediátricos com neoplasias hematológicas. No presente estudo 487 pacientes (39,40%) foram registrados oficialmente nos protocolos do GBTLI; 678 (54,85%) receberam tratamento baseados nos regimes do grupo BFM e 71 (5,75%) por outros regimes incluindo os tratados segundo o protocolo UKALL. Os casos não foram, no entanto, protocolados e, na grande maioria não foram observados a totalidade dos itens exigidos para os pacientes registrados oficialmente. A sobrevida livre de eventos dos pacientes protocolados foi significativamente superior comparada aos não protocolados, 62,41% ± 2,43% e 53,86% ± 2,04% respectivamente, em cinco anos. De acordo com a faixa etária os pacientes que apresentavam idade de 15 a 19 anos tiveram um índice de SLE de 37,98% ± 4,72% em cinco anos, inferior quando comparado aos de zero a 4 anos e 5 a 9 anos respectivamente: 62,78% ± 2,28% e 62,43% ± 2,84%. Foi observada, na população estudada, uma SG de 63,73% ± 1,49% e SLE de 57,27% ± 1,57%, o que sugere uma discussão para implementar projetos com a finalidade de elevar estes índices de sobrevida. Epidemiologicamente a incidência da LLA com progenitores B seguiu o padrão observado em países desenvolvidos com um pico de freqüência absoluta entre as idades de 2 a 4 anos. Houve diferença significativa entre a população proveniente da região urbana ou rural sendo a SLE em cinco anos de 61,76% ± 1,76% e 49,81% ± 4,28% respectivamente. A SLE e a SG em lactentes e portadores de Síndrome de Down foi inferior aos resultados obtidos em instituições dos países desenvolvidos o que torna aconselhável uma revisão das condições para a assistência destes pacientes. Este estudo teve como finalidade principal retratar a situação passada e a atual do tratamento da LLA na infância e adolescência no Rio Grande do Sul e acumular dados aqui não interpretados e que poderão ser analisados posteriormente

ASSUNTO(S)

epidemiologia análise de sobrevida brasil epidemiology incidência precursor cell lymphoblastic leukemia-lymphoma antineoplastic protocols leucemia-linfoma linfoblástico de células precursoras protocolos antineoplásicos incidence brazil survival analysis

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