Epidemiologia da cirurgia de revascularização miocárdica do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Cardiovasc. Surg.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-02

RESUMO

Introdução: O conhecimento da prevalência dos fatores de risco e comorbidades, bem como a evolução com complicações nos pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica, permite a comparação entre instituições e a comprovação de modificações no perfil de pacientes e na evolução pós-operatória ao longo do tempo. Objetivo: Conhecer o perfil (fatores de risco e comorbidades) e a evolução clínica (complicações) nos pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica em uma instituição nacional de grande volume cirúrgico. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo de pacientes submetidos ao procedimento de cirurgia de revascularização miocárdica no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, no período de julho de 2009 a julho de 2010. Resultados: Foram incluídos 3010 pacientes, com idade média de 62,2 anos e 69,9% do sexo masculino. 82,8% dos pacientes eram hipertensos, 36,6% diabéticos, 44,5% dislipidêmicos, 15,3% tabagistas, 65,7% com sobrepeso/obesidade e 29,3% tinham antecedentes familiares de doença coronária. A mortalidade média esperada calculada pelo EuroSCORE logístico foi de 2,7%. A cirurgia de revascularização miocárdica isolada ocorreu em 89,3% e em 11,9% foi realizada cirurgia sem circulação extracorpórea. A complicação mais comum foi arritmia cardíaca (18,7%), especialmente a fibrilação atrial aguda (14,3%). Pneumonia ocorreu em 6,2% dos pacientes, lesão renal aguda em 4,4%, mediastinite em 2,1%, acidente vascular encefálico em 1,8% e infarto agudo do miocárdio em 1,2%. A mortalidade intra-hospitalar foi de 5,4% e na cirurgia de revascularização miocárdica isolada foi de 3,5%. O tempo de permanência hospitalar médio foi de 11 dias, com mediana de oito dias (3 - 244 dias). Conclusão: O perfil dos pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica neste estudo assemelha-se ao de outros estudos publicados.

ASSUNTO(S)

revascularização miocárdica epidemiologia fatores de risco

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