Epidemiologia da cirurgia de estrabismo em um hospital público de Brasília, Distrito Federal
AUTOR(ES)
Rohr, Juliana Tessari Dias, Isaac, Cassiano Rodrigues, Correia, Cristiano dos Santos
FONTE
Rev. bras.oftalmol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-10
RESUMO
Resumo Objetivo: Determinar a prevalência dos diferentes tipos de estrabismo submetidos a intervenção cirúrgica em um hospital público de Brasília, Brasil. Métodos: Estudo retrospectivo de corte transversal de prontuários médicos dos pacientes submetidos a cirurgias de estrabismo por um mesmo cirurgião, de 2004 e 2014. Foram excluídos prontuários incompletos. Variáveis pesquisadas incluíram sexo, idade, classificação do estrabismo, tipo da cirurgia e reoperações. Os estrabismos foram classificados em três tipos principais (esotropia, exotropia e desvio vertical puro) e seus subtipos. Avaliação do tipo da cirurgia considerou o número de músculos operados (intervenção em até 2 ou em mais músculos), o envolvimento de músculos oblíquos, retos verticais e transposição muscular. Resultados: Foram avaliadas 563 pacientes e 531 foram incluídas na análise. A média de idade foi 12,7 anos e o sexo feminino respondeu por 54,4%. A esotropia foi o tipo de estrabismo mais frequente (74%), seguido pela exotropia (23,7%) e desvio vertical puro (2,3%). O subtipo de esotropia mais frequente foi o infantil (49,1%), com 16,1% destas cirurgias realizadas antes dos 2 anos de vida. A exotropia constante foi o subtipo mais observado (27,8%) de exotropia. A proporção de esotropia diminuiu com a idade, enquanto a de exotropia aumentou. 52,3% das cirurgias envolveram mais de dois músculos. Associação de diferentes tipos de desvio foi observada em 58,9% dos pacientes. Dentre os estrabismos paralíticos, o VI nervo foi o mais acometido (46%). Reoperações corresponderam a 10,7% do total. Conclusão: As esotropias foram os estrabismos cirúrgicos mais comuns, especialmente a esotropia infantil. A maioria dos casos estava associada a outras formas de desvio e necessitaram de cirurgias mais complexas, envolvendo mais de 2 músculos. Espera-se que dados do estudo possam contribuir no planejamento de ações de saúde efetivas para melhorar a assistência à população.
ASSUNTO(S)
estrabismo/epidemiologia estrabismo/cirurgia estropia exotropia
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