Enxertos de artéria radial eletivos vs emergência: comparando resultados em seguimento a médio prazo

AUTOR(ES)
FONTE

Clinics

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

INTRODUÇÃO: A anastomose da artéria torácica interna esquerda com a artéria descendente anterior (ATIE-DA) se tornou parte fundamental da cirurgia de revascularização do miocárdio (RM). Esta técnica levou ao aumento de utilização de outros enxertos arteriais, entre os quais, a artéria radial (AR) é muito usasa. Na literatura há controvérsia se a AR pode ser usada em pacientes em RM de emergência. MÉTODOS: 47 pacientes com lesões críticas (>70%) em todas as artérias alvo foram submetidos à RM com ATIE e a AR entre 1996 e 2003. Os pacientes foram agrupados em eletivos (23 pacientes) e não eletivos (24 pacientes) sendo similares para número de enxertos de ATIE e AR por paciente. Dos 47 pacientes, 5 morreram de complicações não cardíacas e 12 não estavam disponíveis. Portanto, 30 pacientes (71% dos sobreviventes) foram estudados com tomografia computadorizada. Um total de 36 ATIE e 64 AR foram analisadas. RESULTADOS: a perviabilidade da AR nos grupos eletivo e não eletivo foram respectivamente 82% (31/38) e 85% (22/26) (p=0,75). A AR teve perviabilidade semelhante para todas as artérias alvo variando de 73% a 100%. Apenas um paciente foi submetido à nova RM e 29 (97%) estão livres de angina ou nova re-intervenção. ATIE-DA teve perviabilidade de 92% (11/12) e 100% (10/10) respectivamente nos grupos eletivo e não-eletivo (p=0,37). ATIE-Diagonal-DA seqüencial obteve perviabilidade de 50% (03/06) no grupo eletivo que foi significativamente menor que a perviabilidade de 100% (08/08) do não-eletivo (p=0,02). CONCLUSÃO: A AR pode ser utilizada nos pacientes eletivos e não eletivos com excelentes resultados.

ASSUNTO(S)

revascularização do miocárdio enxertos arteriais tomografia computadorizada cirurgia emergência imagem de artéria coronária doença isquêmica do coração

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