Enxerto ósseo autógeno mantido em diferentes meios de armazenagem no período transcirúrgico: Análise histomorfométrica em coelhos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O sucesso do enxerto ósseo autógeno está relacionado à viabilidade das células deste, transferidas para o leito receptor. Durante os procedimentos de enxertia óssea, transcorre certo período entre a remoção e fixação do enxerto no leito receptor. Diversos meios de armazenagem têm sido sugeridos para minimizar os efeitos deletérios ao enxerto durante esse período. O objetivo deste estudo foi realizar análise histomorfométrica de enxertos ósseos autógenos in vivo, mantidos em diferentes meios de armazenagem no período trans-cirúrgico. Neste estudo, foram utilizados 18 coelhos dos quais foram removidos dois fragmentos da calvária. Em cada coelho, um fragmento foi imediatamente fixado na região de ângulo mandibular direito (grupo controle). O outro foi armazenado por 30 minutos em um dos seguintes meios: soro fisiológico (grupo soro), meio seco (grupo seco), plasma pobre em plaquetas (grupo PPP) e, em seguida, parafusado em local simétrico ao enxerto controle, no mesmo animal. Após 4 semanas os animais foram sacrificados e as regiões enxertadas foram removidas, fixadas em formol em PBS, desmineralizadas em EDTA e processadas para inclusão em parafina. O número de osteoclastos, número de vasos e a área total do enxerto foram quantificados e analisados através do teste t pareado, teste de ANOVA 1 e teste de Tukey. Nos lados experimental e controle, a análise histológica em todos os grupos apresentou enxerto revascularizado, preservado e integrado ao leito receptor, com presença de neoformação óssea. Na análise estatística, o lado experimental do grupo soro apresentou maior número de osteoclastos (p=0,02) e menor número de vasos (p=0,03) em relação ao grupo controle, mas não apresentou diferença na área total do enxerto. Nos grupos seco e PPP, não houve diferença estatística significante na quantidade de osteoclastos, vasos e área total do enxerto em relação ao controle. Na comparação entre grupos experimentais, o o grupo PPP apresentou maior número de vasos (p<0,001) e maior área total do enxerto (p<0,001) em relação aos grupos seco e soro. O plasma pobre em plaquetas favoreceu a revascularização e a manutenção do volume do enxerto, sendo um meio de armazenagem de enxerto, no período trans-cirúrgico, melhor que os meios soro e seco.

ASSUNTO(S)

odontologia operatória odontologia

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