Envelhecimento e os atrasos nas latências das componentes de onda no oVEMP e no cVEMP: uma revisão sistemática com metanálise
AUTOR(ES)
Macambira, Ysa Karen dos Santos, Carnaúba, Aline Tenório Lins, Fernandes, Luciana Castelo Branco Camurça, Bueno, Nassib Bezerra, Menezes, Pedro de Lemos
FONTE
Braz. j. otorhinolaryngol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-07
RESUMO
Resumo Introdução: O processo natural de envelhecimento pode resultar em mudanças morfológicas no sistema vestibular e na via neural aferente, inclusive perda de células ciliadas, diminuição do número de células do nervo vestibular e perda de neurônios no núcleo vestibular. Dessa forma, com o avanço da idade, deveria ocorrer diminuição nas amplitudes e aumento nas latências dos potenciais evocados miogênicos vestibulares (VEMP), principalmente o prolongamento da latência p13. Além disso, muitos artigos não encontraram diferenças significativas nas latências do VEMP com o avanço da idade. Objetivo: Analisar se existem diferenças significativas para as latências do VEMP cervical (cVEMP) e do VEMP ocular (oVEMP) entre idosos e adultos. Método: Revisão sistemática com metanálise de estudos observacionais que comparam diferenças desses parâmetros entre idosos e adultos jovens, sem restrições de idiomas ou datas, nas seguintes bases de dados: Pubmed, ScienceDirect, Scopus, Web of Science, SciELO e Lilacs. Além das bases de literatura cinzenta OpenGrey.eu e DissOnline e ainda no Research Gate. Resultados: As latências n1 do oVEMP tiveram um atraso médio nos idosos de 2,32 ms com IC 95% 0,55-4,10 ms. O teste para o efeito geral obteve p = 0,01 e revelou que tal diferença foi significativa. A heterogeneidade encontrada foi I2 = 96% (p < 0,001). Avaliação da latência de p1 não foi possível devido ao baixo número de artigos selecionados para essa condição. A análise do cVEMP foi feita com 13 artigos. Para o componente p13, o atraso médio para as latências dos idosos foi de 1,34 ms com IC 95% 0,56-2,11 ms. O teste para o efeito geral obteve p < 0,001; com valor da heterogeneidade I2 = 92% (p < 0,001). Para o componente n23, o atraso médio para as latências dos idosos foi de 2,82 ms com IC 95% 0,33-5,30 ms. O teste para o efeito geral obteve p = 0,03. A heterogeneidade encontrada foi I2 = 99% (p < 0,001). Conclusão: A latência do componente de onda n1 do oVEMP e as latências dos componentes de onda p13 e n23 do cVEMP são mais prolongadas em idosos com idade > 60 anos do que em adultos jovens.
ASSUNTO(S)
potencial evocado miogênico vestibular cervical potencial evocado miogênico vestibular ocular idosos
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