Envelhecer com deficiência física: experiência permeada pelo estigma, isolamento social e finitude
AUTOR(ES)
Martins, José Alves, Merighi, Miriam Aparecida Barbosa, Jesus, Maria Cristina Pinto de, Watanabe, Helena Akemi Wada
FONTE
Esc. Anna Nery
DATA DE PUBLICAÇÃO
08/10/2018
RESUMO
Resumo Objetivo: Compreender a experiência de envelhecer na perspectiva de pessoas idosas com deficiência física. Método: Estudo de abordagem qualitativa que entrevistou 15 pessoas integrantes da Associação Mato-grossense de Deficientes. Os depoimentos foram obtidos de Julho/2016 a Junho/2017 na região metropolitana de Cuiabá/Brasil. Os dados foram organizados em categorias temáticas e analisados com base na fenomenologia social de Alfred Schütz. Resultados: Evidenciou-se que o estigma permeia a experiência da deficiência física inclusive na velhice. A perpetuação do estigma traduz-se em identidade deteriorada, isolamento social, ausência de perspectivas e aceitação da finitude como inevitável, contribuindo para uma experiência negativa na velhice. Conclusão e implicações para a prática: A experiência de envelhecer com deficiência física tem caráter intrinsecamente multidimensional, confrontando trajetórias de vidas complexas e contextos sociais hostis à diversidade corporal, os quais necessitam ser considerados nas políticas públicas, por gestores de serviços e profissionais envolvidos nos processos de cuidados à pessoa idosa com deficiência física.
ASSUNTO(S)
pessoas com deficiência envelhecimento pesquisa qualitativa
Documentos Relacionados
- Trabalhador com deficiência física: fragilidades e agravos autorreferidos
- Estigma, metáforas deformadoras e experiência moral de pacientes com hanseníase multibacilar em Sobral, Ceará, Brasil
- Redes de apoio e pessoas com deficiência física: inserção social e acesso aos serviços de saúde
- Aspectos da identidade na experiência da deficiência física: um olhar socioantropológico
- Estigma, cuidador e criança com síndrome de Down: análise bioética