Entre os extremos do consumo: fãs, colecionadores e aficionados
AUTOR(ES)
Fábio Viana Ribeiro
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005
RESUMO
O trabalho busca compreender as práticas de colecionadores e fãs sob a perspectiva de se constituírem em ações fortemente marcadas por consciência e intencionalidade, bem como, sob outro ponto de vista, perceber as relações entre esses espaços e a sociedade de consumo com a qual se encontram vinculados. Segundo essa perspectiva, as práticas dos mais diversos grupos de aficionados encontram-se marcadas por características de cálculo e racionalidade que em muito as afastam da idéia, muito presente no senso comum, de ações predominantemente compulsivas e passionais. Tal racionalidade e cálculo encontram-se ainda ligadas á construção consciente de espaços plenamente controláveis e satisfatórios, dentro dos quais seria possível o estabelecimento de um controle inexistente em outros espaços da vida social. Em função mesmo de seu caráter não mercantil e não institucional, bem como dessa intencionalidade e cálculo, as relações de fãs e colecionadores com os mais variados temas e objetos terminariam se constituindo em "centros de produção" de um conhecimento muitas vezes significativo e específico a respeito dos mesmos, reinterpretados, assim, sob outras perspectivas que não aquelas em função das quais foram industrialmente produzidos
ASSUNTO(S)
outras sociologias especificas fãs sociabilidade consumo colecionadores e coleção
ACESSO AO ARTIGO
Documentos Relacionados
- Antropologia e consumo: diálogos entre Brasil e Argentina
- Paisagens do consumo: São Paulo, Lisboa, Dubai e Seul
- Orientação nutricional de crianças e adolescentes e os novos padrões de consumo: propagandas, embalagens e rótulos
- Cultura e consumo: o fluxo dos bens
- A cultura do consumo: uma leitura psicanalítica lacaniana