ENTRE MACHADO DE ASSIS E JACQUES LACAN: PRESSUPOSTOS PARA O ENTENDIMENTO DA ATUAL CONJUNTURA SOCIOPOLÍTICA BRASILEIRA
AUTOR(ES)
GAI, EUNICE TEREZINHA PIAZZA, SÖHNLE, ERNESTO
FONTE
Machado Assis Linha
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-04
RESUMO
Resumo Se o homem pós-moderno parece estar renunciando às virtudes antigas, em benefício das vantagens pessoais, para o Lacan de 1968, seria o esvanecimento da vergonha que abriu as portas para a conversão de qualquer dignidade significante em significante contábil. Assim, a sociedade se pautaria progressivamente pelas formas imaginárias de sobrevivência e/ou ilusão, conferindo um estatuto perverso, inclusive, à política, ainda que narrada pelo discurso do politicamente correto. Contudo, atualmente, despida dos álibis piedosos, restaria disseminada a identificação imaginária com as imposturas de ocasião, abolida a autoria, suprimida a honra e banida de vez a vergonha, por causa do poder e da avidez, como nos antecipou ficcionalmente Machado de Assis, em contos como a "Teoria do medalhão" e "O espelho".
ASSUNTO(S)
identificação imaginária razão cínica literatura psicanálise