Entre flores e temores: a pandemia do novo coronavírus (COVID-19) e o comércio varejista de flores

AUTOR(ES)
FONTE

Ornam. Hortic.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-03

RESUMO

Resumo Visando a subsidiar uma melhor compreensão do cenário da crise instalada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2: COVID-19) no mercado varejista de flores, apresenta-se resultado de pesquisa exploratória descritiva realizada entre abril e maio de 2020 junto a 30 gestores de floriculturas localizadas na região sul do Brasil. Os resultados evidenciaram que os impactos mais significativos foram a queda no número de clientes, o que reduziu o faturamento quando comparado com os valores comercializados antes da pandemia, gerando uma redução na movimentação financeira de 45,3% em média. Das floriculturas pesquisadas, 70% ficaram fechadas em média 21,4 dias e quando foram reabertas, se deu com restrições no atendimento relativo ao horário ou controle do número de pessoas nas lojas. O uso do e-comerce e mídias sociais foram as principais ações de enfrentamento comercial na retomada das vendas, sendo os aplicativos mais usados o WhatsApp® e Instagram®. No entanto outras ações como desconto nas compras por quantidade, entrega grátis e marketing nas regiões de entorno das lojas também foram registrados. Entre as possíveis ações tomadas no enfrentamento da crise gerada pelo novo coronavírus e que pode vir a apresentar efeitos positivos, se destaca a oferta de cursos online direcionado ao comercio de kits de jardinagem, a adoção da metodologia just in time que poderá resultar na parceria com produtores locais para reduzir os custos de estoque e preço de compra, a organização de grupos de compras coletivas para barganhar preço junto aos atacadistas, bem como, a redução de custos de transporte e operacionalização no Veiling de Holambra.

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