Entre documentos e narrativas, marcas de identidade: a organização dos dois primeiros cenetros de desenvolvimento infantil e as religiosas da Fraternidade Esperança

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Apresentamos o estudo de uma experiência com educação popular protagonizada por um grupo de mulheres consagradas, ligadas a Igreja Católica de Florianópolis, e oriundas da Congregação das Irmãs da Divina Providência, que agregava um trabalho consolidado no Estado de educação confessional em vários colégios, no território catarinense, que atendiam, quase que exclusivamente, indivíduos oriundos da elite social. A presente pesquisa lança um olhar sob o referido grupo de religiosas e sua prática social-religiosa que se aproxima muito das características do chamado movimento/linha da Igreja progressista, presente na América Latina e no Brasil após os anos 1960. Onde podemos perceber que a organização e o trabalho com educação popular antecede o ano de 1970, porém foi na segunda metade da década de 1970 que inicia suas atividades o primeiro, de muitos projetos educacionais, atendendo crianças na periferia da capital do estado de Santa Catarina. Estas mulheres (religiosas) passaram a implantar e coordenar os Centros de Desenvolvimento Intantil-CDIs nas áreas empobrecidas da cidade de Florianópolis em pleno governo militar, sendo que além dos empecilhos colocados pela Igreja Católica, ainda tiveram que enfrentar a desconfiança da sociedade local. A partir da prática dessas religiosas discutimos princípios de disciplina, relações de poder e resistência entre os anos de 1968 à 1980 na Igreja Católica, além de inferir sobre organização social a partir desse trabalho nas comunidades pobres e da construção de uma nova identidade religiosa: Fraternidade Esperança forjada no bojo da experiência de inserção religiosa.

ASSUNTO(S)

movimentos sociais educação popular - florianopolis (sc) educacao educação infantil - florianopolis (sc)

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