Entre a ruptura e a continuidade: limites e possibilidades da apropriaÃÃo do capital social em um assentamento de reforma agrÃria

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

Esta dissertaÃÃo teve como objetivo analisar os processos sociais que limitam e possibilitam a apropriaÃÃo do capital social em um assentamento de reforma agrÃria. Apoiamo-nos em um estudo de caso no assentamento Terra, Trabalho e Liberdade, conhecido como Arariba de Baixo, localizado no municÃpio do Cabo de Santo Agostinho, estado de Pernambuco. Primeiramente, definimos o capital social de um modo mais abrangente para que pudÃssemos analisar a constituiÃÃo do assentamento tendo como referÃncia central o acampamento, construÃdo no processo de luta pela terra. ConcluÃmos, a partir de uma pesquisa fundamentalmente qualitativa, usando entrevistas em profundidade e a observaÃÃo participante, que as prÃticas sociais e valores adquiridos no acampamento, alÃm de possibilitarem a construÃÃo e apropriaÃÃo do capital social de modo intenso e contÃnuo, vÃo definir a capacidade de materializaÃÃo deste recurso no assentamento. Com a construÃÃo do assentamento temos uma ruptura profunda na visÃo de mundo dos atores envolvidos nesse processo, sem no entanto anular os efeitos agregativos do acampamento. Os conflitos vÃo aparecer com mais facilidade e as resoluÃÃes serÃo mais difÃceis. Por este motivo, teremos a apropriaÃÃo do capital social de modo descontÃnuo, sendo materializado com mais dificuldade em esferas sociais distintas, a depender de cada situaÃÃo. O poder de mobilizaÃÃo social da comunidade, da apropriaÃÃo do seu capital social, estarà na idÃia, compartilhada pela maioria dos assentados, de que a luta por uma vida digna continua. à na construÃÃo de um tempo social singular, localizado entre a ruptura da formaÃÃo do assentamento e a continuidade da luta, que verificamos a capacidade de apropriaÃÃo deste recurso pela comunidade

ASSUNTO(S)

reforma agrÃria capital social sociologia

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