Ensino superior, assistência estudantil e mercado de trabalho: um estudo com egressos da UFMG

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

O presente estudo tem como foco analisar as relações entre a formação em nível superior, a assistência estudantil e a inserção profissional para uma amostra de egressos de quatro cursos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a saber: Ciências Biológicas, Ciências Sociais, Direito e Geografia. O objetivo é verificar se, e de que forma, a assistência recebida durante a graduação se reflete na inserção profissional dos beneficiados. Dessa forma, são apresentados estudos sociológicos sobre as desigualdades de acesso à educação, assim como estatísticas sobre o ingresso nos diferentes níveis do sistema de ensino no Brasil. Estes dados evidenciam, apesar da manutenção de disparidades relacionadas à classe social e à etnia, a presença mais freqüente de estudantes das classes populares no ensino superior. Bem sucedidos em uma dupla seleção, ou seja, social e escolar, estes estudantes possuem necessidades específicas, que precisam ser supridas de forma a possibilitar, em melhores condições, sua permanência no ensino superior até a conclusão dos estudos. Enquanto não é implementada uma política pública de assistência estudantil, as instituições públicas de ensino superior elaboram seus próprios programas, que, contudo, nem sempre dão conta da demanda. A UFMG, por sua vez, por meio da Fundação Mendes Pimentel (FUMP), oferece assistência estudantil aos estudantes de baixa renda. Para estes estudantes, o apoio é essencial para assegurar sua permanência na universidade até a conclusão da graduação e a obtenção do diploma. Segundo pesquisas sobre a relação entre a escolaridade e o acesso ao mercado de trabalho, profissionais com níveis elevados de instrução recebem, em média, rendimentos superiores aos percebidos por trabalhadores com pouca ou nenhuma instrução. No caso da amostra analisada neste trabalho, a remuneração dos bolsistas é afetada pelos mesmos fatores que influenciam a composição dos rendimentos dos não bolsistas, ou seja, carreira, titulação e setor de atuação.

ASSUNTO(S)

ensino superior aspectos economicos brasil políticas públicas educação teses estudantes aspectos sociais

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