Ensaio sobre a cegueira: mortalidade de pacientes com doença renal crônica em hemodiálise de emergência

AUTOR(ES)
FONTE

Ciênc. saúde coletiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-11

RESUMO

A doença renal crônica (DRC) leva à falência renal e à necessidade de terapia renal substitutiva (TRS). A prevenção secundária pode retardar em muitos anos a evolução da doença. O presente estudo, retrospectivo, objetivou analisar os fatores prognósticos e estimar a mortalidade de portadores de doença renal crônica (DRC) secundária à hipertensão ou diabetes que iniciam a TRS por hemodiálise de emergência, desde a admissão hospitalar até a transferência para clínica-satélite ou óbito, no Rio de Janeiro. A taxa de mortalidade foi de 35,1%. Houve diferença significativa entre as curvas de sobrevida até o óbito, por doença de base (log-rank e Peto, p = 0,02) e por presença de fístula funcional (log-rank, p = 0,0099; Peto, p = 0,0090). A análise multivariada (modelo de Cox) mostrou aumento no risco de óbito de 7% (p = 0,002) por ano de idade; a presença de fístula funcional foi associada a uma redução de 81% no risco (p = 0,03). Conclui-se que um terço dos pacientes portadores de DRC por hipertensão e diabetes, que iniciam a TRS de forma não planejada, morrem no período entre a admissão hospitalar e a transferência para clínicas-satélites, o que indica baixo acesso à prevenção secundária na DRC, inclusive à cirurgia para a confecção da fístula arteriovenosa.

ASSUNTO(S)

prevenção secundária doença renal crônica diálise renal mortalidade diabetes mellitus hipertensão

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