Engorda de juvenis recentes da lagosta espinhosa panulirus laevicauda (latreille, 1817) alimentados com raÃÃo comercial para camarÃo marinho e os moluscos mytella falcata e perna perna, em condiÃÃes de laboratÃrio / Fattening of juvenile spiny lobster recent panulirus laevicauda (Latreille, 1817) fed a commercial diet for shrimp and clams Mytella falcata and leg leg in laboratory

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

19/12/2006

RESUMO

A lagosta à um recurso pesqueiro de grande importÃncia econÃmica para o Estado do CearÃ. Esta atividade teve seu inÃcio na dÃcada de 50 e de là para cÃ, vÃrios tipo de embarcaÃÃes e artes-de-pesca foram utilizadas para a captura deste recurso. No entanto, com o inÃcio da exploraÃÃo deste crustÃceo, veio consequentemente a diminuiÃÃo dos estoques naturais, e isto, devido a grande demanda do setor pelo produto, que forÃou dessa maneira a exploraÃÃo deste recurso. Atualmente, esta atividade esta em forte declÃnio e uma das formas para reverter esse quadro seria atravÃs da aqÃicultura, ou seja, do cultivo de nossas espÃcies em cativeiro. O presente trabalho teve como objetivo de avaliar o desenvolvimento de juvenis recentes da lagosta espinhosa Panulirus laevicauda, alimentadas com os moluscos Perna perna, Mytella falcata e raÃÃo comercial para camarÃo marinho + biomassa de Artemia sp., em condiÃÃes de laboratÃrio. Este experimento foi realizado nas instalaÃÃes do Centro de Tecnologia em Aquicultura da Universidade Federal do CearÃ, em um perÃodo de 122 dias. Este trabalho foi dividido em trÃs tratamentos (tratamento A â P. perna, tratamento B â M. falcata e tratamento C â raÃÃo comercial + biomassa de Artemia sp.) com quatro repetiÃÃes cada. A taxa de densidade inicial utilizada foi de um indivÃduo por repetiÃÃo. Os alimentos foram ofertados de acordo com 10% da biomassa dos indivÃduos. Durante o experimento foram realizadas as anÃlises bromatolÃgicas dos alimentos, sendo verificados as quantidades de proteÃnas, lipÃdeos, cinzas, carboidratos e umidades. Os parÃmetros fÃsico-quÃmicos (pH, temperatura e salinidade) foram observados diariamente e as biometrias (peso, comprimento do cefalotÃrax e total) mensalmente. Diariamente, se observava a ocorrÃncia de mudas nos tratamentos com os seus respectivos dias. ApÃs o tÃrmino do experimento os parÃmetros fÃsico-quÃmicos, os dados biometricos, os nÃmeros de mudas, as freqÃÃncias de mudas e as taxas de sobrevivÃncia foram analisadas por testes estatÃsticos. Os testes estatÃsticos utilizados foram o Kolmogorov-Smirnov e o teste âtâ de Student (parÃmetros fÃsico-quÃmicos), a AnÃlise de VariÃncia (ANOVA) e se necessÃrio o teste de Tukey (biometrias, nÃmero de mudas, perÃodo de intermudas) e o teste do Qui-quadrado de Pearson (sobrevivÃncia), respectivamente. Os nÃveis de significÃncia utilizado nos testes estatÃsticos foram de  = 0,05. Os parÃmetros fÃsico-quÃmicos deste trabalho mostraram valores mÃnimos, mÃximos e mÃdios muito prÃximos entre si. Com a realizaÃÃo do teste de Kolmorogov-Smirnov, o mesmo mostrou que o pH, temperatura e salinidade, atenderam a suposiÃÃo de normalidade. Ao comparar estes parÃmetros com o teste âtâ de Student, foi verificado que nÃo houve diferenÃa estatÃstica significativa entre os tratamentos (P >0,05). Ao analisamos os resultados do crescimento em peso (g), ganho de peso (g), crescimento do comprimento do cefalotÃrax (mm) e do comprimento total (mm) em valores brutos, observamos que as lagostas do tratamento C apresentaram um ligeiro desenvolvimento em comparaÃÃo aos tratamentos A e B (P >0,05). Por outro lado, os ganhos de comprimento do cefalotÃrax (mm) e do ganho de comprimento total (mm), apresentaram alternÃncia entre os tratamentos, sendo que os valores destes ganhos foram um pouco menor para o tratamento C (P >0,05). Todos os incrementos aqui analisados seguiram as seguintes seqÃÃncias, o tratamento B apresentou-se um pouco melhor em relaÃÃo aos tratamentos A e C (P >0,05). As anÃlises bromatolÃgicas da dieta do tratamento B apresentaram valores de proteÃna, lipÃdeos e carboidratos mais altos em relaÃÃo ao tratamento C que apresentou os valores menores entre as dietas, respectivamente. As lagostas do tratamento A, B e C, apresentaram praticamente o mesmo nÃmero de mudas e o perÃodo de intermudas (P >0,05). A taxa de sobrevivÃncia foi tambÃm bastante prÃxima uma da outra, chegando em alguns tratamentos serem praticamente iguais (P >0,05). Concluirmos que os alimentos utilizados neste experimento podem ser utilizados na alimentaÃÃo de juvenis recentes da lagosta espinhosa P. laevicauda. Outro resultado animador obtido neste trabalho foi à aceitaÃÃo pela lagosta da dieta artificial, jà que uma das grandes problemÃticas em um projeto piloto de cultivo de nossas espÃcies, seriam a aceitaÃÃo das mesmas por uma dieta peletizada.

ASSUNTO(S)

panulirus laevicauda engorda cultivation lobsters, panulirus laevicauda laboratory lagosta - crescimento cultivo laboratÃrio fattening lagosta - pesca engenharia de pesca lagostas

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