Empréstimos lingüísticos do inglês, com formativos latinos, adotados pelo português do Brasil

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

A presente tese concentra-se no estudo de empréstimos lingüísticos adotados do inglês pelo português do Brasil, mais especificamente de empréstimos morfossemânticos híbridos e de decalques lingüísticos, constituídos por formativos de origem latina. O objetivo principal da tese foi analisar os aspectos morfológicos e semânticos da estrutura vernacular do empréstimo adotado, tendo em vista observações, no âmbito da morfologia lexical, de que as estruturas podem apresentar problemas relacionados com a constituição da sua estrutura interna, tais como a dificuldade de sobreposição da estrutura morfológica com a interpretação semântica, gerando formações com significado idiossincrático. A análise dos dados concentrou-se na análise da estrutura morfolexical a partir dos princípios da abordagem lexicalista da morfologia lexical, em especial desenvolvidos por Danielle Corbin (1987, 1989, 1991, 1997 e a publicar), representante do modelo SILEX. A análise permitiu identificar estruturas analisáveis e estruturas parcialmente analisáveis com base em uma regra de construção de palavras do português, o que permitiu constatar que a estrutura vernacular produzida do empréstimo pode ser uma estrutura regular, mas também pode ser portadora de idiossincrasias identificadas na constituição de sua estrutura morfológica e resultantes da ausência de associatividade entre a estrutura morfológica e a interpretação semântica. Tendo em vista os resultados obtidos com a análise dos dados, é possível afirmar que a estrutura vernacular, quer analisável ou parcialmente analisável, dispõe de propriedades essenciais (categoriais, semânticas, morfológicas, morfossintáticas principalmente) que permitem o seu uso como qualquer unidade lexical do português.

ASSUNTO(S)

morfologia derivacional lexico etimologia linguistica empréstimos lingüisticos

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