Emprego do índice venoso portal como método não-invasivo no diagnóstico de fibrose hepática em pacientes portadores de hepatite C crônica
AUTOR(ES)
Rocha, Haroldo Luis Oliva Gomes, Diniz, Angélica Lemos Debs, Borges, Valéria Ferreira de Almeida e, Salomão, Frederico Chaves
FONTE
Arq. Gastroenterol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-03
RESUMO
CONTEXTO: A hepatite C é uma importante causa de hepatopatia crônica no mundo. A avaliação do grau de fibrose hepática na hepatite C crônica é importante para o melhor manejo clínico. Entretanto, até o momento, a biopsia hepática é o único teste aceito para esta finalidade, apesar de suas contra-indicações e complicações. Novos métodos para avaliação não invasiva de fibrose hepática estão sendo pesquisados. Uma proposta é o ultrassom com Doppler, por ser um método não-invasivo, amplamente disponível e de baixo custo. OBJETIVO: Comparar os parâmetros Doppler da veia porta de portadores de hepatite C crônica com um grupo controle sadio e correlacionar estes parâmetros com os graus de fibrose obtidos por biopsia hepática. MÉTODOS: Cinquenta pacientes portadores de hepatite C crônica com biopsia hepática e 44 controles sadios foram submetidos ao Doppler da veia porta, com cálculo do índice venoso portal. Realizou-se a comparação entre as médias do índice venoso portal dos dois grupos. Para a correlação entre o índice venoso portal e os graus de fibrose empregou-se o teste de Spearman. RESULTADOS: Houve diferença entre a média do índice venoso portal entre os controles (0,33 ± 0,07) e os doentes (0,23 ± 0,09) com P<0,001. Não foi observada diferença do índice venoso portal entre os pacientes com hepatite C crônica que tem ou não fibrose significante. A correlação entre o índice venoso portal e o grau de fibrose foi inversa e moderada (r = -0,448 P<0,001). A área sob a curva ROC foi de 78,4% (IC 95%: 68,8%-88%). O ponto de corte para o índice venoso portal foi de 0,28 com sensibilidade de 73,5% e especificidade de 71,1%. CONCLUSÃO: O índice venoso portal foi útil em diferenciar pacientes sadios de pacientes portadores de hepatite C crônica. No entanto, não se encontrou diferença significante na quantificação dos graus de fibrose.
ASSUNTO(S)
hepatite c crônica cirrose hepática veia porta, ultrassonografia ultrassonografia doppler
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