EmissÃo de gases de efeito estufa em latossolo sob aplicaÃÃo de Ãgua residuÃria da suinocultura e fertilizante mineral. / Greenhouse gases emission from swine wastewater land spread and mineral fertilization at an oxisol

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

23/07/2011

RESUMO

O desenvolvimento do setor agropecuÃrio està diretamente relacionado ao aquecimento global e à grande contribuinte na emissÃo de gases de efeito estufa (GEE). As atividades agrÃcolas que mais contribuem para essas emissÃes sÃo o manejo do solo e o uso de fertilizantes. Sabendo que a regiÃo oeste do Paranà possui histÃrico de aplicaÃÃo de Ãgua residuÃria da suinocultura (ARS) no solo, aplicada para a fertilizaÃÃo de grandes culturas, e que estudos sobre a emissÃo de GEE, a partir dessa atividade, sÃo escassos no paÃs, objetivou-se com este trabalho quantificar a emissÃo de diÃxido de carbono (CO2), metano (CH4) e Ãxido nitroso (N2O), oriundos da aplicaÃÃo de ARS e fertilizante mineral (AD) na cultura da soja. O experimento foi conduzido no NÃcleo Experimental de Engenharia AgrÃcola â NEEA da UNIOESTE em LATOSSOLO com histÃrico de cinco anos de aplicaÃÃo de ARS. A captura dos gases se deu pelo mÃtodo da cÃmara estÃtica e a emissÃo de CO2 foi quantificada pelo mÃtodo alcalino no ciclo da soja. Juntamente com a coleta dos gases, foram registradas a temperatura e a umidade do solo em todas as parcelas em estudo. As anÃlises dos gases foram feitas por cromatografia gasosa e o CO2 do mÃtodo alcalino foi quantificado por titulometria. O experimento foi em arranjo fatorial 4 x 2 em blocos ao acaso com 3 repetiÃÃes. Os fatores avaliados foram ARS nos nÃveis 0, 100, 200 ou 300 m ha-1, e AD nos nÃveis ausÃncia (A) e presenÃa (P). Para a anÃlise estatÃstica da emissÃo de GEE, C-equivalente e CO2 por captura alcalina testou-se a interaÃÃo entre os fatores por meio da ANOVA. Os resultados significativos foram comparados pelo teste de Tukey a 5% de significÃncia. Para as correlaÃÃes testaram-se os diferentes tratamentos. O efluxo de CO2 foi significativo (p-value<0,05) principalmente para o fator ARS, assim como de N2O na maioria dos dias amostrados, em que os tratamentos com 0 m3 ha-1 de ARS demonstraram os menores efluxos. Os maiores efluxos foram registrados nos tratamentos com o maior nÃvel de ARS (300A e 300P). Para ambos os gases, nÃo houve diferenciaÃÃo do efluxo entre os tratamentos em D125 e D128. Tal fato à devido à decomposiÃÃo das plantas de soja, que fornece carbono (C) e nitrogÃnio (N) aos microrganismos. Houve interaÃÃo (p-value>0,05) entre AD e ARS em D1 para os fluxos de CH4; em D125 foram significativos para AD, em que o fluxo de CH4 foi maior na presenÃa de AD. A presenÃa de grande quantidade de N presente na ARS parece nÃo afetar a comunidade metanotrÃfica do solo. A emissÃo de GEE em C-equivalente foi afetada tanto pela fertilizaÃÃo mineral quanto pela aplicaÃÃo de ARS, apresentando interaÃÃo entre os fatores. NÃo houve diferenÃa significativa para a emissÃo de CO2 acumulado por meio do mÃtodo alcalino. O N presente na ARS, provavelmente, foi percolado para zonas mais profundas do solo, nÃo afetando as taxas de decomposiÃÃo da palha de aveia. NÃo foi estabelecida correlaÃÃo entre os mÃtodos alcalino e cromatogrÃfico para registro da emissÃo de CO2. Concluiu-se neste trabalho que a aplicaÃÃo da ARS à um fator chave para o aumento da emissÃo de GEE pelo solo e que o potencial de aquecimento global à maior quando se aplica ARS no solo.

ASSUNTO(S)

nitrogen fertilization carbon dioxide methane nitrous oxide engenharia agricola swine manure dejeto suÃno adubaÃÃo nitrogenada diÃxido de carbono metano Ãxido nitroso

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